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Taxa ocupação hospitalar e urgências caem em dezembro. Lisboa lidera esta redução

Em dezembro, a taxa de ocupação hospitalar ficou abaixo dos valores homólogos, mantendo a tendência verificada nos outros meses. De acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde agora divulgados, a soma da lotação praticada fixou-se nos 20 741, um valor abaixo daquele registado desde 2013, último ano disponível nos registos do Portal da Transparência.   

O mapa de ocupação hospitalar por região de saúde mostra no entanto, que esta tendência de queda é mais notória em Lisboa e Vale do Tejo. Na capital, dezembro de 2020 foi o ano com lotação mais baixa desde 2013 (data do último registo no Portal da Transparência) – 7 177 (2020), 7 816 (2019). Mas na região de saúde do Porto este indicador foi o mais alto desde 2013. Em Dezembro de 2020 a taxa de ocupação foi de 7 353, enquanto em 2019 foi de 7 091.

Nas regiões de saúde do Centro, Alentejo e Algarve os valores permanecem muito semelhantes aos dos anos anteriores.    

Na soma das Urgências (Total), o mês de dezembro 2020 ficou igualmente aquém dos valores registos desde 2013, data do último registo no Portal da Transparência. Em 2019, dezembro somou 6 425 560 registos. O último mês de 2020 contabilizou 4 450 604 atendimentos.

Uma análise da evolução mensal do número de atendimentos em urgência por tipo – Geral, Pediátrica, Obstétrica e Psiquiátrica mostra que esta diferença é ainda mais expressiva nas urgências pediátricas – 1 335 733 (2019); 684 080 (2020), ainda que todas elas tenham revelado uma queda face aos períodos homólogos.   

O mesmo acontece com a atividade de internamento hospitalar. O mapa que mostra a soma de doentes saídos e dos dias de internamento mostra uma redução destes indicadores a partir de março do ano passado. A tendência de queda manteve-se constante nos restantes meses do ano.

As notícias e os relatos têm sido vários como noticiámos anteriormente. Entre essas justificações estão: as especificidades da doença (maior consumo de recursos), a falta de pessoal, as dificuldades de gestão de doentes, os critérios de alta hospitalar desajustados, a limitação de medicamentos, entre outros.

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