O número de atendimentos prioritários (vermelho) em Urgência Hospitalar no primeiro trimestre de 2021 foi inferior ao registado nos últimos anos.
Até ao passado mês de março foram assinalados 4 298 atendimentos, o número mais baixo desde 2013 – último ano com dados no Portal da Transparência. Nesta mesma altura em 2020 este valor foi superior – 4 952. Em média, nos anos anteriores, o número de atendimentos de doentes com “pulseira vermelha” fica próximo (ou ultrapassou) os 6 mil casos até março.
Urgências em Janeiro
Mesmo no mês de janeiro, quando o país estava no pico da segunda vaga Covid e os hospitais reportavam uma grande pressão, os indicadores de atendimento em urgência hospitalar para os casos mais graves apontam para um número igualmente inferior ao dos últimos sete anos.
A tendência de queda mantém-se no número de atendimentos em urgência hospitalar com prioridade laranja. No passado mês de janeiro realizaram-se 40.489 atendimento, um valor muito abaixo dos 58617 registados em 2020.
Se analisarmos o primeiro trimestre (urgências laranja), em março de 2021 registaram-se 105.778 atendimentos versus 156.923 em março de 2019, por exemplo.
Na prioridade amarela, os valores são ainda mais expressivos: em março de 2021 foram registados 388.487 atendimentos com grau de urgência amarelo. Em 2019, este valor foi de 671.990 atendimentos.
Atividade do Síndrome Gripal nos Cuidados de Saúde Hospitalares
A taxa de episódios de urgência com diagnóstico de infeção respiratória (rede de urgência hospitalar) também foi muito inferior em 2020 e 2021, face aos anos anteriores. Ainda de acordo com os dados do portal da transparência, a contagem de episódios de urgência com gripe, síndrome gripal ou outras infeções respiratórias o ano passado fixou-se nos 10.706,22 episódios. Em 2019, este número chegou aos 14.533,69 e em 2018 aos 16.301,93.
Apesar de a Covid-19 ser uma infeção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, o Portal da Transparência não indica se estes indicadores contemplam os casos Covid.