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Nova Zelândia: Pandemia ainda nem vai a meio

Mais de 235 mil pessoas já receberam a segunda dose da vacina contra a Covid-19 na Nova Zelândia, mas o diretor geral da Saúde, Ashley Bloomfield, sublinhou que a população não pode “baixar a guarda”, até porque “a pandemia provavelmente ainda nem vai a meio”.

Apesar do país ter já mais pessoas vacinadas do que o plano de vacinação previa, nesta altura (mais 9%), este executivo recusa avançar se a Nova Zelândia vai regressar a normalidade brevemente, justificando que o surto de Melbourne demonstrou o quão complicado é “lidar” com este vírus.

Os novos surtos e as novas variantes que estão a aparecer um pouco por todo o mundo demonstram que a pandemia não está a acabar”, disse em entrevista ao NZHerald. De acordo com o planeamento, este país prevê ter toda a população vacinada até ao final do ano.

Bloomfield lembrou que a imunidade de grupo não implica a eliminação de todos os casos de Covid-19 na população – mas a existência de uma possibilidade muito reduzida de os casos detetados darem origem a surtos. “Uma variante mais infeciosa, vai aumentar o limiar necessário para a imunidade de grupo”, disse.

Cinco milhões de habitantes de Melbourne, a segunda cidade mais populosa da Austrália, entraram novamente em confinamento no seguimento de um novo surto de coronavírus – 26 casos ligados à variante indiana, considerada mais infeciosa pelo governo local. Esta é a quarta vez que a cidade fica isolada.

Em Victoria foi imposto um novo lockdown para deteção da origem dos 60 novos casos. Com 25 milhões de habitantes, a Austrália tem pouco mais de 30 mil infetados e menos de mil mortes causadas pelo novo coronavírus.

A Nova Zelândia já suspendeu os voos sem quarentena do estado de Victoria e reduziu as suas ligações com outros pontos da Austrália.

Este país, que tem cerca de 5 milhões de habitantes e uma densidade populacional inferior à do Alentejo (18 hab./km² versus 22 hab./km² no Alentejo), é constituído por duas ilhas protegidas por um grande isolamento geográfico. Os voos estão identificados como principal “ponto fraco”.

A Nova Zelândia ficou conhecida por criar políticas de grande agressividade contra a pandemia, como muitas restrições de viagens e confinamentos gerais, com uma estratégia que muitos apelidam de Covid 0.

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