Em Itália, apenas 2,9% das mortes por Covid-19 estudadas não apresentam comorbilidades (outras patologias graves prévias). Mais de 67% dos óbitos tinham 3 ou mais comorbilidades.
A média é de 3,7 (mediana 3) doenças prévias associadas. A conclusão é de um relatório que dá a conhecer o perfil de doentes com SARS-CoV-2 em Itália até 21 de Julho de 2021.
De ressalvar que para esta análise “a amostra é “oportunista”; representa apenas as mortes em indivíduos que precisaram ser hospitalizados, e as regiões estão representadas para tentar manter uma proporcionalidade em relação ao número de mortes.”
Tipo de patologias associadas
Hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doença cardíaca isquémica e fibrilação auricular são as doenças mais comuns observadas em doentes que morreram com SARS-CoV-2.
Tratamentos
Os antibióticos foram os tratamentos mais usados (86,3%) durante a estadia hospitalar, seguidos pelos corticoides (59,2%) e antivirais (40,6%).
Os investigadores salientam que “O uso comum da terapia antibiótica pode ser explicado pela presença de superinfeções ou é compatível com o início da terapia empírica em pacientes com pneumonia, aguardando confirmação laboratorial da infeção SARS-CoV-2.”
A idade média dos falecidos
A idade média dos doentes que morreram com infeção por SARS-CoV-2 é de 80 anos (82 de mediana).
A partir de Fevereiro esse valor tem descido e, segundo os autores do estudo, “é provavelmente uma consequência do efeito protetor das vacinas na população mais idosa dada a prioridade à vacinação”.
Este relatório foi produzido pelo Grupo de Vigilância do SARS-CoV-2 do Epicentro (Instituto Superior de Saúde de Itália) com base nos dados disponíveis no dia 21 de julho de 2021.