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Estudo internacional: Aumento de casos COVID-19 sem correlação com vacinação

Um estudo publicado no European Journal of Epidemiology não encontrou qualquer correlação entre os casos Covid-19 e a vacinação (2 doses).

Nessa investigação foi analisada a relação entre a percentagem de população totalmente vacinada (2 doses) e novos casos Covid-19.

Métodos
Foram recolhidos dados do Our World in Data de 68 países que cumpriram critérios como terem dados atualizados da segunda dose das vacinas e dos casos Covid-19.

Para a análise a nível de condados nos EUA, foram usados os dados da Equipa Covid-19 da Casa Branca.

Conclusões

Segundo o estudo, não se vislumbra uma relação negativa entre a percentagem de população totalmente vacinada e os novos casos de Covid-19, quer em países quer em condados. Inclusive pode-se observar uma ligeira correlação positiva, no caso dos países.

Relação entre casos por milhão de pessoas (últimos 7 dias) e percentagem de população totalmente vacinada em 68 países a partir de 3 de setembro de 2021

Além dessa tendência geral, os autores dão alguns exemplos:

Nomeadamente, Israel, com mais de 60% da sua população totalmente vacinada, teve os maiores casos de COVID-19 por 1 milhão de pessoas nos últimos 7 dias.”

“… por exemplo, através da comparação entre a Islândia e Portugal. Ambos os países têm mais de 75% da sua população totalmente vacinada e têm mais casos de COVID-19 por 1 milhão de pessoas do que países como o Vietname e a África do Sul que têm cerca de 10% da sua população totalmente vacinada.”

“Dos 5 condados que têm a maior percentagem de população totalmente vacinada (99,9-84,3%), os Centros dos EUA para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) identificam 4 deles como condados de transmissão “alta”. “

Conclusões

Na interpretação dos resultados os autores salientam que, mesmo “que se deva encorajar as populações a serem vacinadas, tal deve ser feito com humildade e respeito” e que “estigmatizar populações pode fazer mais mal do que bem”.

Referem também a necessidade de outras medidas e de aprendermos a conviver com mais esta doença:

“Outros esforços de prevenção não farmacológica (por exemplo, a importância da higiene básica da saúde pública no que diz respeito à manutenção de uma distância segura ou lavagem das mãos, promovendo formas de testes mais frequentes e mais baratas) devem ser renovados, a fim de atingir o balanço de aprender a viver com o COVID-19 da mesma forma que continuamos a viver 100 anos mais tarde com várias alterações sazonais do vírus da gripe de 1918.

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