O lockdown de Xangai (China) foi prolongado indefinidamente, uma decisão que lança mais incerteza sobre as cadeias de abastecimento chinesas. O número de pessoas atingidas pelos lockdowns (totais e parciais) já atinge os 193 milhões. A decisão surge apesar das crescentes críticas, nomeadamente de violação de direitos humanos pela separação de crianças dos pais.
As severas restrições na metade oriental de Xangai, deveriam ser levantadas na sexta-feira passada, mas quase toda a cidade permanece fechada e as autoridades locais não adiantam prazos de abertura.
Neste momento a China já tem cerca de 23 cidades em lockdown total ou parcial, afetando cerca de 193 milhões de pessoas.
Crescente descontentamento
Um número crescente de pessoas têm manifestado frustração com a situação. No entanto, as autoridades não mostraram sinais de recuo. Wu Qianyu, responsável da comissão local de saúde afirmou:
“A prevenção e controlo epidémicos de Xangai está na fase mais difícil e crítica.”
“Devemos aderir à política geral de eliminação dinâmica sem hesitar, sem vacilar.”
Disrupção das cadeias de abastecimento
Estas medidas estão a provocar inúmeras dificuldades logísticas e de abastecimento.
Entre as medidas que estão a criar maior revolta estão a separação de crianças dos pais e o tratamento semelhante dado a assintomáticos e a pessoas doentes (com sintomas).
O jornal especializado em Supply-chain (Gestão de cadeias de abastecimento), The load star, dá vários exemplos da situação, que apelida de caótica.
Segundo o órgão de comunicação social, alguns negócios como o porto de contentores, estão autorizados a operar. No entanto, apenas o podem fazer em condições de “ciclo fechado”, ou seja, com os trabalhadores a dormir no local.
Fontes:
https://theloadstar.com/shanghai-lockdown-extended-authorities-to-test-all-in-the-city/
