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Ordem dos Médicos descarta responsabilidades pelos relatórios dos investigadores do Técnico

O The Blind Spot questionou a Ordem dos Médicos na sequência dos relatórios, que têm como título “Actualização do Indicador de Avaliação da Pandemia”. Apesar de reconhecer a parceria com o Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, na elaboração desse indicador, a ordem afirma não ter qualquer responsabilidade nessas publicações.

De recordar que um dos relatórios estimou 350 mil novos casos e 790 mortes em resultado do levantamento de restrições Covid. Apesar de ter ocorrido uma queda global de 80% em ambos os indicadores, um novo relatório veio assegurar que as previsões se concretizaram e que ocorreram 340 mil novos casos.

A ordem descarta qualquer responsabilidade na elaboração dos relatórios apresentados com o título “Atualização do Indicador de Avaliação da Pandemia”, .

“Os relatórios elaborados pelo IST não são da responsabilidade da Ordem dos Médicos, pelo que quaisquer questões sobre esta matéria devem ser endereçadas para o IST.”

Tal acontece, apesar da colaboração com os investigadores do Técnico ter ocorrido na construção do indicador que intitula os relatórios. 

“A Ordem dos Médicos, através do seu Bastonário e do Gabinete de Crise para a COVID-19, colaborou conjuntamente com uma equipa de cientistas de renome internacional do Instituto Superior Técnico na elaboração do Indicador de Avaliação da Pandemia (IAP) e não Indicador de Evolução da Pandemia (IEP), como vem referido no vosso e-mail.”

O Indicador de Avaliação da Pandemia (IAP) foi considerado “um instrumento científico extremamente útil na caracterização e monitorização da atividade pandémica pelo SARS-CoV-2, na dupla perspetiva de incidência (avaliada pelo número de novos casos e transmissibilidade) e de gravidade (avaliada pelo número de internamentos em enfermaria, em serviços de medicina intensiva e óbitos).”

Para a Ordem dos Médicos esse indicador foi fundamental para “modelar” os efeitos das medidas adotadas.

“Com o valor diário do IAP e a sua evolução temporal foi, igualmente, possível modelar o impacto da taxa de cobertura vacinal e, sobretudo, fundamentar com rigor, transparência e a melhor evidência disponível, as medidas de minimização do impacto deste flagelo global, …” 

Ver também:

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