O credenciado investigador, Seymour Hersh, revelou informação detalhada sobre todo processo que, segundo ele, levou à destruição dos oleodutos Nord Stream 1 e 2 por ordens diretas de Joe Biden. O gasoduto representava uma importante fonte de receitas para a Rússia e alimentava a europa, em especial a Alemanha, com uma fonte de energia abundante e barata, essencial para a sua competitividade.
Segundo uma investigação do conceituado, e premiado com um Pulitzer, Seymour Hersh, a destruição dos gasodutos subaquáticos Nord Stream no Mar Báltico foi uma operação secreta ordenada pela Casa Branca e levada a cabo pela CIA, em cooperação com a Noruega.
Segundo Hersh, mergulhadores de alto mar dos EUA, com o exercício militar da NATO, conhecido com os BALTOPS 22, como cobertura, colocaram explosivos ao longo dos oleodutos, que mais tarde foram detonados à distância.
Processo
Recorrendo a informações recolhidas por uma fonte “com conhecimento direto do planeamento operacional”, o investigador descreve, de forma detalhada, todo o processo que levou à execução do objetivo de destruição dos oleodutos.
“Durante grande parte desse tempo, a questão não era se devia fazer a missão, mas como fazê-la sem nenhuma pista sobre quem era o responsável.”
Interesses americanos contra o Nord Stream 2
Segundo Hersh, Biden e a sua equipa de política externa, há bastante tempo que se manifestavam contra o Nord Stream 2.
Por um lado, a sua operacionalização teria aumentado a influência política do Kremlin sobre a Europa, assim como as suas receitas.
Por outro lado, duplicaria o fornecimento de gás do Nord Stream 1, possibilitando a países europeus, com destaque para Alemanha, uma fonte barata e, ainda mais, substancial de energia.
O investigador recorda que a economia alemã tem beneficiado bastante desse acesso privilegiado ao gás russo, que lhe permite fornecer fábricas e aquecer casas a preços favoráveis, bem como permitir que aos seus distribuidores vendam o excesso com lucro para a Europa ocidental.
O anúncio do fim do Nord Stream por Biden
O próprio presidente norte-americano anunciou, quando se antevia a invasão russa da Ucrânia, que caso isso acontecesse, “não haveria mais um Nord Stream-2. Nós colocaremos um fim nisso.”
Apesar de vários dos envolvidos no planeamento da missão do oleoduto “ficarem consternados” com o que percecionaram como “referências indiretas ao ataque”, acabou por criar uma oportunidade.
Dessa forma, altos funcionários da CIA terão considerado que explodir o oleoduto “já não podia ser considerado uma opção secreta porque o Presidente acaba de anunciar que sabíamos como fazê-lo”.
De acordo com a lei: “Já não havia um requisito legal para reportar a operação ao Congresso. Tudo o que tinham de fazer agora era apenas fazê-lo – mas ainda tinha que ser secreto. Os russos têm vigilância superlativa do Mar Báltico.”
Comunicação social
O caso foi descrito pela comunicação social como um “um mistério não resolvido”. Hersh salienta que a Rússia foi repetidamente citada como um provável culpado, o que terá sido alimentado por fugas calculadas da Casa Branca.
No entanto, nunca se estabeleceu um motivo claro para tal ato de autossabotagem, e nenhum grande jornal americano investigou as ameaças anteriores aos oleodutos feitos por Biden.
Quem é Seymour Hersh?
Hersh, é um jornalista veterano, vencedor do prémio Pulitzer por ter descoberto o Massacre my Lai no Vietname e que revelou histórias importantes sobre Watergate e a tortura de prisioneiros em Abu Ghraib.
As alegações de Seymour Hersh foram, entretanto, desmentidas pela Casa Branca.