Um artigo de opinião do New York Times, cita a revisão da Cochrane sobre máscaras, para reconhecer que, afinal, a melhor evidência científica não reconhece qualquer benefício do seu uso na comunidade. O jornal tem sido um dos muitos media com posições muito alinhadas com o CDC e com o atual governo-norte americano, que têm advogado (ou até mandatado) a sua utilização.
Num artigo de opinião do New York Times (NYT), o colunista Bret Stephens reconhece que não exista qualquer evidência sobre a eficácia de máscaras usadas na comunidade, até mesmo das de melhor qualidade (N-95).
Fá-lo baseado na mais recente revisão sistemática da Cochrane e das explicações dadas por um dos seus autores, Tom Jefferson (Universidade de Oxford), que afirma que os decisores políticos usaram estudos de baixa qualidade (não randomizados), nomeadamente observacionais, para justificar a obrigatoriedade do uso de máscara na comunidade.
Segundo Stephens, essa evidência explica o facto “amplamente observado” de que os estados com mandatos de máscara não se saíram melhor contra a covid do que os que não os tiveram.
Céticos reivindicados e o CDC criticado
Por esses motivos, o colunista declara que, em termos do uso de máscara a nível populacional, os mandatos foram “um fracasso” e que os seus críticos tinham razão.
“Aqueles céticos que eram furiosamente ridicularizados como maluquinhos e ocasionalmente censurados como “desinformadores” por se oporem a mandatos estavam certos.”
Por outro lado, os especialistas que apoiaram os mandatos estavam errados e deveriam reconhecer o “seu erro, bem como os seus consideráveis custos físicos, psicológicos, pedagógicos e políticos”.
No entanto, o CDC, pela voz da sua diretora, já disse que não o fará. O que, para Stephen, irá contribuir para a (ainda) maior perda de credibilidade da instituição e, por arrasto, da confiança na “ciência”.
Porque é relevante este artigo?
O NYT tem sido, tal como muitos outros media norte-americanos, um dos grandes impulsionadores da narrativa oficial.
Tem, com raras exceções, considerado as fontes oficias, nomeadamente o CDC e o governo (Biden), como sendo fontes confiáveis.
Ora, este artigo é uma dissidência evidente da linha editorial do jornal e da opinião publicada no mesmo. Por outro lado, expõe os graves erros cometidos pelas entidades públicas norte-americanas.
É certo que existirão críticas e muitos tentarão rebater com os argumentos oficiais. No entanto, revela, de forma evidente, três realidades.
Em primeiro lugar, a de que as decisões tomadas pelo CDC e outras agências de saúde, não só não “seguem a evidência científica”, como a negam em muitos casos.
Em segundo, que os governos impuseram medidas, sem qualquer fundamentação sólida, de forma autoritária.
Por último, que ambos (CDC e governo) promoveram ataques à liberdade individual e censuram quem dizia a verdade.
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