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Irão preside o Fórum dos Direitos Humanos da ONU

Fonte da imagem: Encontro entre o presidente iraniano e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, durante a 73.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, Estados Unidos, a 26 de setembro de 2018.

A ONU, que usa termos como a Igualdade e a Inclusividade para justificar as políticas que preconiza, nomeou o Irão para a presidência do seu Fórum de Direitos Humanos. Várias organizações têm denunciado o país por graves violação de direitos humanos, como: a descriminação de minorias e de mulheres; a criminalização da homossexualidade; assassinatos em massa; e punições, que incluem a amputação e a pena de morte (mesmo para menores).

O Irão assumiu, nesta quinta-feira, a presidência do Fórum de Direitos Humanos da ONU. O regime foi nomeado em maio pelo presidente do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Fonte: Nações Unidas

Direitos humanos no Irão

A situação dos direitos humanos na República Islâmica do Irão tem sido criticada por iranianos e por activistas, escritores e ONGs internacionais de defesa dos direitos humanos.

O governo é criticado tanto pelas restrições e punições que seguem a Constituição e a lei da República Islâmica, como pelas ações “extrajudiciais” dos agentes do Estado, como a tortura e o assassínio de prisioneiros políticos.

Amnistia Internacional (AI), apresenta uma longa lista de descriminações e punições na República Islâmica do Irão que violam grosseiramente as normas internacionais em matéria de direitos humanos.

Entre as muitas violações denúnciadas, estão:

– Penas cruéis e desumanas, incluindo a flagelação, a amputação e a cegueira.

– Perseguição e criminalização da homossexualidade, com punições que incluem a pena de morte;

– A execução de menores;

– Fortes restrições à liberdade de expressão e de imprensa (incluindo a prisão de jornalistas);

–  Restrições à liberdade religiosa;

– Várias descriminações ao sexo feminino e restrições dos seus direitos;

– Perseguição sistemática de várias etnias étnicas.

Recentemente, ocorreu uma revolta popular sem precedentes contra o sistema da República Islâmica. Segundo a AI, as forças de segurança dispararam ilegalmente munições reais e balas metálicas, matando centenas de homens, mulheres e crianças e ferindo milhares de pessoas. Milhares de pessoas foram, igualmente, detidas arbitrariamente e processadas.

Protestos

O chefe dos negócios estrangeiros da União Europeia, Josep Borrell, defendeu a nomeação do Irão como uma questão de rotação regional, “em coerência com os procedimentos estabelecidos pela ONU”.

Mas uma investigação da UN Watch mostra que o grupo asiático, ao qual pertence o Irão, ocupou o cargo quatro vezes nos últimos seis anos, excluindo outros grupos regionais.

A campanha da UN Watch é apoiada por uma petição global assinada por mais de 120.000 pessoas, apelando à ONU para que anule a presidência do Irão no fórum dos direitos humanos da ONU.

Hillel Neuer, diretor-executivo da ONG UN Watch, teve uma recente comparência perante o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, onde contestou a nomeação do Irão.

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