Durante a pandemia, Chris Cuomo, pivô e antigo rosto da CNN norte-americana, ridicularizou a ivermectina e defendeu que os adeptos do “desparasitante“ deveriam ser “enxovalhados“. Contudo, Cuomo mudou drasticamente de opinião e assumiu fazer uso regular do medicamento para tratar os seus sintomas de covid longa. O ex-pivô da CNN contraiu covid-19 logo em Março de 2020, e sempre foi um defensor da vacinação, mas na semana passada admitiu ter “coisas estranhas“ nas análises ao sangue depois de ter sido vacinado e agora advoga que as vítima de reações adversas não devem ser ignoradas.
Chris Cuomo, pivô e antigo rosto da CNN norte-americana, que durante a pandemia fez escárnio da ivermectina e defendeu o enxovalho de quem a tomasse, assumiu estar a fazer uso do medicamento para tratar sintomas de covid longa. “A ivermectina era um bicho-papão no início da covid. Isso foi errado, recebemos informações negativas sobre a ivermectina, e a verdadeira pergunta é, porquê?“, questionou Cuomo num podcast.
Em conversa com o conservador Patrick Bet-David, Cuomo considerou que a ivermectina não foi promovida por não ser lucrativa e disse que o seu médico e a família também tomaram o polémico “desparasitante“ durante a covid-19 – e com bons resultados. “É barato, não pertence a ninguém e é usado como antimicrobiano, antiviral e tem sido usado de todas as maneiras diferentes, e tem sido assim há muito tempo”, afirmou o ex-pivô da CNN.
Sobre o porquê de ter mudado de opinião, Chris Cuomo escudou-se no desconhecimento. “Eles [médicos] estavam errados em assustar as pessoas com isto. Eu não sabia disso na altura. Sei agora, admito-o agora, e estou a relatá-lo agora”, explicou.
Contudo, Cuomo diz ter a certeza de que os profissionais de saúde sempre souberam que a ivermectina não era prejudicial à saúde: “Eles sabiam… eu sei que eles sabiam. Como é que eu sei? Porque agora não tenho feito outra coisa senão conversar com esses médicos, que na época estavam assoberbados com a covid, e eles não diziam nada“.
Referindo-se a Joe Rogan, o famoso podcaster norte-americano que já foi atacado no passado por promover a ivermectina, Cuomo deu-lhe razão, mas salientou que aquilo que importa é que “toda a comunidade médica sabia que a ivermectina não fazia mal“.
Na semana passada, Cuomo já tinha feito manchetes depois de abordar no seu programa as reações adversas das vacinas anti-covid e revelar ter sido lesado, a propósito de um artigo do New York Times intitulado “Milhares de pessoas acreditam que as vacinas covid as afetaram. Alguém as está a ouvir?“.
Em declarações feitas no canal News Nation, Cuomo afirmou: “Nós sabemos que as vacinas podem causar efeitos secundários, mas ninguém fala nisso porque tem receio do julgamento e só querem que o assunto desapareça. Mas o problema é que pessoas como o Sean [vítima de reações adversas], e eu, e milhões de outras pessoas ainda têm coisas estranhas nas análises ao sangue, nas suas vidas, e sintomas físicos que não vão desaparecer“.
O pivô considera que o tema é pouco discutido porque “agora tudo é politizado“, mas assegurou que nunca irá parar de reportar sobre os efeitos adversos das vacinas contra a covid – e defendeu até a criação de uma “comissão estilo 11 de Setembro para apurar aquilo que resultou e aquilo que não resultou, e quais são as perguntas que têm de ser feitas“.
No passado dia 30 de Abril, a publicação científica holandesa Brieflands divulgou um novo estudo cujo resultado mostrou a eficácia da ivermectina em casos moderados de covid-19, apesar de a amostra ser reduzida. No ensaio clínico aleatório duplo-cego, 110 pacientes infetados com covid – com sintomas moderados a severos – foram divididos em dois grupos, e um deles recebeu 14 miligramas de ivermectina a cada 12 horas durante três dias.