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Investigação “estudo-fantasma”: TBS vai avançar com queixa-crime se notícia falsa não for desmentida

Esgotadas todas as alternativas para que a RTP, a SIC, o DN, a TSF e a Sábado retificassem a alegação infundada de que novas vacinas “poupariam 245 milhões de euros”, o The Blind Spot deu um prazo de 72 horas para que a notícia fosse corrigida e o público informado. Caso tal não aconteça, avançaremos com uma queixa-crime. A decisão vem na sequência de repetidas notícias falsas ou enganosas, com o suporte de entidades e peritos com evidentes conflitos de interesse, que manipulam a perceção geral, favorecendo grandes empresas privadas e não acautelando o interesse público.

Numa era em que se promovem as restrições à liberdade de expressão e a censura de opiniões e de informações, mesmo que verdadeiras, grandes órgãos de comunicação social continuam a passar informações infundadas e a violar vários princípios básicos do jornalismo.

Um dos casos recentes foi a publicação de uma notícia de que a inclusão de mais vacinas de adultos no Plano Nacional de Vacinação pouparia 245 milhões de euros ao Estado. Ora, essa alegação foi-nos totalmente desmentida pelo próprio gestor do Projeto citado na dita notícia.

Durante as últimas semanas, o The Blind Spot tentou insistentemente que a RTP, a SIC, o Diário de Notícias, a TSF e a Sábado esclarecessem a fonte utilizada e retificassem a notícia o artigo em causa. Contactou, igualmente, os supostos peritos, citados nas reportagens jornalísticas como suporte para a alegação, mas sem que o fizessem claramente.

Na ausência de qualquer vontade expressa de confirmar a informação veiculada e eventualmente esclarecer o público, o TBS informou que iria proceder criminalmente caso as duas questões enviadas àqueles órgãos de comunicação social não fossem respondidas: (1) “Qual o motivo de publicação de uma notícia manifestamente falsa e enganadora. Qual a fonte de informação usada?” e (2) “Se tencionam corrigir a notícia e alertar os vossos leitores/ espectadores para as informações incorretamente transmitidas?”

Deste modo, se estas duas questões não forem esclarecidas em 72 horas, o nosso advogado, João Pedro César Machado, irá avançar com uma queixa-crime por violação do Estatuto do Jornalista, nomeadamente da obrigação de “retificação das incorreções”. 

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