Em Portugal, já foram reportados milhares de casos de reações adversas graves associadas às vacinas contra a covid-19 e o The Blind Spot teve acesso a vários relatórios médicos que as comprovam. E, nos últimos meses, alguns títulos da imprensa mainstream deram finalmente voz aos supostos lesados. Ainda assim, confrontado pelo The Blind Spot com questões sobre eventuais indemnizações às vítimas da vacinação, o Ministério da Saúde continua fechado em copas. Deste modo, depois de uma intensa e prolongada campanha sobre os benefícios das inoculações covid, os lesados têm agora de enfrentar os seus efeitos mais nocivos sem conseguirem obter qualquer apoio das autoridades de saúde nacionais.
Apesar das milhares de reações adversas graves às vacinas contra a covid-19 notificadas ao Infarmed e da comprovação de muitas delas, o Governo tem-se remetido ao silêncio sobre o pagamento de eventuais indemnizações ou tratamentos às vítimas da vacinação. Há três meses, o The Blind Spot inquiriu o Ministério da Saúde sobre quais as entidades a que os supostos lesados deveriam recorrer para procurar compensações pelos danos causados, e que mecanismos poderiam ser acionados nesse sentido.
Porém, durante todo este tempo, e mesmo com o crescente mediatismo em torno do tema, com reportagens de alguns órgãos de comunicação social mainstream – como a CNN/TVI e o Correio da Manhã – a expor vários casos de doenças graves desenvolvidas após a administração da vacina, o Governo não deu qualquer resposta.
Contratos e indemnizações
Recorde-se que, num processo pouco transparente e opaco, os contratos negociados pela Comissão Europeia para a compra das vacinas contra a covid protegeram as empresas farmacêuticas da responsabilidade legal por potenciais danos causados. Na altura, foi mesmo admitida a possibilidade de serem os próprios Estados-membros a terem de indemnizar as vítimas.
No entanto, noutros países europeus, estão a decorrer processos em tribunal contra as farmacêuticas devido à ocorrência de reações adversas graves – algumas, incapacitantes.
Em Portugal, sabe-se que já foi interposto um processo contra a Pfizer, o regulador INFARMED e o Estado, mas o tema continua a ser um ‘tabu’. Além de os eventuais lesados da vacinação não encontrarem resposta nas autoridades de saúde nacionais, o INFARMED tem tentado ocultar os registos anonimizados das reações adversas à vacina.