Numa entrevista para o site britânico UnHerd, Liz Truss admitiu que a resposta da Suécia à crise da covid-19 “foi uma abordagem melhor” e que em retrospetiva, os confinamentos foram um “erro” – até mesmo o primeiro. A ex-primeira-ministra britânica, que em 2022 liderou o governo mais curto de sempre no Reino Unido, explicou que, no início, teve medo “como toda a gente”, o que a levou a aceitar as restrições em março de 2020. No entanto, e apesar de ter ficado ‘excluída’ de qualquer tomada de decisão sobre a covid nos dois primeiros anos, assumiu que “no geral, era a favor de que se abrissem as coisas” e que sempre que teve oportunidade, se posicionou contra o fecho de escolas e bares.
Liz Truss, ex-primeira-ministra britânica, não tem dúvidas: os confinamentos impostos para conter a propagação da covid-19, logo a partir de março de 2020, foram um “erro”. Esta segunda-feira, numa entrevista para o site britânico UnHerd, Truss admitiu que as medidas adotadas pela Suécia – muito menos restritivas do que a maior parte dos países europeus – foram uma “abordagem melhor” e que teve essa opinião desde muito cedo.
Contudo, questionada sobre “onde andou” durante as primeiras restrições anti-covid se o seu “valor central” é a liberdade, a antiga primeira-ministra justificou-se com o desconhecimento inicial sobre o vírus e o cargo que exercia na altura como ministra dos Negócios Estrangeiros, que a obrigava a passar “muito tempo em aeroportos”.
Liz Truss adiantou ainda que, inicialmente, aceitou o confinamento por receio. “Quando o primeiro confinamento foi anunciado, eu estava a ver tudo na televisão, tal como toda a gente, e não sabia o que pensar”, frisou.
Recordando aquilo que sentiu em março de 2020, a ex-primeira-ministra, que em 2022 liderou o governo mais curto de sempre com uma duração de apenas 49 dias (de setembro até outubro), assumiu que hoje tem uma visão muito diferente.
“[O primeiro confinamento] era algo extraordinário, mas na altura aceitei que tinha de ser feito. Não sabia, não sou médica, nunca trabalhei na área da Saúde. Não fazia ideia do que aquilo era. Acho que todos vimos aquelas imagens assustadoras da Itália. Em retrospetiva, acho que foi um erro, sem dúvida”, explicou.
Salientando, porém, que na altura estava fora de qualquer tomada de decisão para combater o vírus, Liz Truss assumiu que sempre foi desfavorável aos confinamentos.
“Quando tive oportunidade, argumentei contra o fecho de escolas ou de bares. No geral, era a favor de que se abrissem as coisas”, esclareceu a ex-lider do partido conservador britânico.