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Depois do filho, Biden considera indultar ‘preventivamente’ Anthony Fauci e outros funcionários públicos

Anthony Fauci, ex-director do Instituto norte-americano de Alergias e Doenças Infecciosas e um dos rostos das medidas restritivas durante a crise da covid-19, poderá ser indultado ‘preventivamente’ pelo presidente cessante Joe Biden antes de Donald Trump tomar posse. De acordo com fontes do partido democrata, Biden e os seus assessores estão a ponderar um indulto presidencial que beneficiará antigos e actuais funcionários públicos, supostamente por receio de uma eventual “perseguição” sob a presidência de Trump. Este domingo, ao contrário do que havia prometido, o actual presidente indultou o seu filho, Hunter Biden, que arriscava até 17 anos de prisão. A decisão causou polémica e suscitou fortes críticas, sobretudo no partido republicano, mas também entre os democratas. 

O presidente cessante Joe Biden está a ponderar conceder indultos ‘preventivos’ a funcionários públicos (eleitos, nomeados ou antigos), alegadamente por receio que venham a ser “alvo” de Donald Trump, segundo avançou esta quarta-feira o jornal POLITICO, com base em declarações de alguns democratas. E um dos nomes que consta na lista é o do ex-director do Instituto norte-americano de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, que foi um dos rostos da gestão da crise covid-19, tendo promovido as medidas impostas, como as máscaras, os confinamentos e as vacinas.  

Além de Fauci, o senador democrata Adam Schiff – que pertence ao Comité responsável por investigar o ataque ao Capitólio de 6 de Janeiro – e a ex-deputada republicana Liz Cheney, do Wyoming, foram também referidos como possíveis ‘candidatos’ a um perdão presidencial.  

Apesar de a Administração Biden considerar que não cometeram quaisquer crimes, estará alarmada com a possibilidade de estes funcionários virem a ser perseguidos durante o mandato de Trump, já que foram intensamente criticados pelos seus apoiantes e pelo próprio presidente eleito. 

“Os assessores de Biden estão profundamente preocupados com uma série de funcionários actuais e antigos que podem enfrentar inquéritos e até serem indiciados, uma sensação de alarme que só se acelerou desde que Trump anunciou no fim-de-semana passado a nomeação de Kash Patel para liderar o FBI. Patel prometeu publicamente perseguir os críticos de Trump”, refere o POLITICO. 

No entanto, se a preocupação com uma eventual “perseguição” a figuras como Anthony Fauci é grande, os assessores de Joe Biden também receiam que um indulto preventivo seja contraproducente, ao “sugerir impropriedade, alimentando assim as críticas de Trump”, ou porque “aqueles que receberam perdões preventivos podem rejeitá-los”. Por este motivo, os funcionários da Casa Branca estarão a avaliar a hipótese com muita cautela.  

Até porque, de acordo com uma fonte do partido democrata, aqueles que podem vir a beneficiar de um indulto não terão feito qualquer pedido – a “ideia” surgiu, garante, das “repetidas ameaças de Trump” e do “lobby silencioso dos democratas no Congresso”.  

Saliente-se que este domingo o actual presidente indultou o seu filho, Hunter Biden, que arriscava até 17 anos de prisão por acusações relacionadas com posse de armas e ocultação de consumo de drogas às autoridades. A decisão causou polémica e suscitou fortes críticas, sobretudo no círculo republicano mas também dentro do próprio partido democrata.  

Fontes: 

Casa Branca de Biden avalia perdões preventivos para possíveis alvos de Trump – POLITICO 

Statement from President Joe Biden | The White House

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