Após uma “reavaliação” motivada pelo nosso protesto, o LinkedIn admitiu na semana passada que cometeu um “erro” e que, afinal, o The Blind Spot não violou as suas políticas. Mas, por este “erro”, a página do TBS esteve inactiva durante quase um mês, até a rede social ter decidido agora reactivá-la. Foram dois artigos sobre as vacinas anti-covid que levaram a este acto censório; razão pela qual recordámos, no final do mês passado, os vários accionistas maioritários que o LinkedIn partilha com farmacêuticas como a Pfizer – a quem interessa, obviamente, que apenas se fale nos benefícios da vacinação.
Mais de três semanas depois de ter eliminado a página do The Blind Spot de forma discricionária, o LinkedIn reactivou agora a conta, e assumiu que, afinal, o nosso jornal não violou as políticas da rede social. O LinkedIn reconheceu e pediu desculpa pelo “erro”:
“Avaliamos a remoção de conteúdos regularmente para garantir que as nossas políticas sejam aplicadas de forma justa e consistente. Inicialmente, a sua publicação foi removida por violar as nossas Políticas para Comunidades Profissionais. Como parte da nossa reavaliação, determinamos agora que a sua publicação não viola as nossas políticas e pedimos desculpa pelo erro”, lê-se na comunicação dirigida ao TBS.
Acresce que, quando a página foi restaurada, perdeu, durante alguns dias, todos os seus seguidores (cerca de 450) – mas, entretanto, a situação já foi regularizada.
Na semana passada, o The Blind Spot reportou a censura de que foi alvo pelo LinkedIn, por causa de duas publicações acerca das vacinas contra a covid-19. Apesar de conterem apenas dados factuais e ‘oficiais’, a rede social acusou o TBS de espalhar “desinformação” e de violar as suas “Políticas para Comunidades Profissionais”.
Em causa estavam um artigo que abordava as conclusões do relatório bipartidário elaborado pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e outro que noticiava o pedido de vários médicos para a suspensão preventiva da vacinação covid em Portugal.
Aquando da eliminação da página, o The Blind Spot recordou, aliás, que o LinkedIn pertence à Microsoft, e que os seus principais accionistas são os mesmos da farmacêutica Pfizer: a Vanguard, a BlackRock e o State Street. Deste modo, é evidente o conflito de interesses que explica a censura existente quando o tema é a vacinação.
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