O Orçamento de Estado (OE) para 2025 gerou polémicas relativamente à distribuição do capital, sendo que vários sectores se encontram insatisfeitos com as suas condições laborais, como por exemplo, os bombeiros que realizaram uma manifestação há poucos dias, reivindicando uma maior valorização da profissão.  

No entanto, o OE de 2025 contempla um fosso de 13 mil milhões de euros, relativos a “despesas excepcionais”, entre as quais aumentos de capital de “empresas-fantasma” e, pasme-se, para “outros”. De notar que esta é a segunda maior despesa do Estado, seguido da Saúde. 

Além disso, a 3 de Dezembro, soube-se que o Governo iria “doar” 2 milhões de euros para a iniciativa “Grain from Ukraine” através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, e direccionada para os países africanos de língua oficial portuguesa. A estratégia de retirar aos mais pobres da Europa para dar os mais ricos de África nunca resultou, aliás, fala-se da fome e da pobreza de África desde sempre. Como Ron Paul afirmou: 

“A ajuda externa consiste em tirar dinheiro às pessoas pobres dos países ricos e dá-lo às pessoas ricas dos países pobres.” 

Posto isto, além de vários factores, incluiu-se o facto de estas iniciativas e fundações servirem para branqueamento de capitais e, simultaneamente, apresentar uma imagem bondosa, humilde e genuína. Para além de que, o PSD de Luís Montenegro deve acatar as ordens da sua patroa Ursula von der Leyen, empobrecendo o povo português e impingindo-nos a agenda climática, a agenda tecnológica, a agenda migratória e a agenda económica de nos sufocar com impostos, burocracia e regulações. 

Passados mais de dois anos de a guerra “começar”, empresas como a Dupont e a Monsanto querem apoderar-se da riqueza agrária da Ucrânia; a Lockheed Martin, Boeing e a Raytheon lucram pornograficamente com o complexo industrial-militar, ou seja, muito do capital que os contribuintes americanos e europeus pagam é direccionado para fabricantes americanos de produtos de defesa. 

Contudo, assiste-se a um descontentamento generalizado perante a União Europeia, dado que a Hungria se afastou da união supranacional e exige o respeito pela soberania do seu país, relativamente à gestão migratória. Além de, na primeira volta das presidenciais na Roménia, Călin Georgescu ter conseguido surpreender tudo e todos com uma percentagem de 23 por cento, na Alemanha a AfD promete que se vencer as eleições, abandonará a União Europeia e, finalmente, a França enfrenta uma estrondosa crise política, com a possibilidade de ascensão do partido de Marine Le Pen. 

Em súmula, a Europa encontra-se cada vez mais compartimentalizada no que diz respeito aos blocos económicos e militares. Obviamente que a perda de liberdades individuais a que se presencia no Ocidente, (quase que uma mimetização de regimes autoritários do Leste) gera um enorme descontentamento por partes das populações, exigindo-se uma reflexão acerca de um liberalismo que se comporta, cada vez mais, como uma cleptocracia, afastada dos interesses dos seus cidadãos. 

Referências: 

Resolução do Conselho de Ministros n.º 173/2024 | DR

Resolução do Conselho de Ministros n.º 174/2024 | DR