A Agência Sueca de Saúde Pública recomenda a reabertura gradual das escolas do ensino secundário (16-18 anos), e a retoma das atividades desportivas e de lazer organizadas no país já a partir da próxima segunda-feira, dia 25.
De acordo com a Autoridade de Saúde Pública, esta reabertura deverá ser faseada e combinar um ensino à distância com presencial, “dependendo da realidade local em termos de infeções”. Cada aluno deverá ter um máximo de 80 por cento de aulas online e 20% presencial. A recomendação é válida até 1 de abril. A exceção continuam a ser os cursos com componentes práticas que necessitam da vertente presencial.
A Agência Sueca de Saúde Pública recomendou a adoção de um modelo de ensino online às escolas secundárias do país, no início de dezembro, como forma de limitar a propagação da Covid-19 (tal como tinha acontecido na primeira vaga). Esta recomendação foi agora estendida até abril, mas o governo deu aos diretores das escolas autoridade para optarem por um ensino misto faseado – presencial ou à distância – dependendo da eficácia de outras medidas de controlo de infeção, e colocou à disposição um conjunto de medidas e sugestões que podem ser adotadas.
“Não é razoável ter um ensino à distância durante muito tempo em todo o país quando a situação varia muito em termos geográficos”, disse a Ministra da Educação Anna Ekström.
Para a Agência Sueca de Saúde Pública:
“A situação atual de infeção ainda é grave, mas como a disseminação da infeção está a diminuir um pouco, podemos retomar gradualmente a educação presencial.”
A agência lembra que “a escola é fundamental para as crianças e que o ensino à distância aumenta o fosso entre os alunos bem-sucedidos e aqueles que possuem mais dificuldades”. Sublinha também que, apesar dos estudos demonstrarem que as crianças têm menos probabilidade de serem infetadas e de disseminarem ainda mais o vírus, e de os funcionários da escolas não estarem expostos a um risco maior que qualquer outro grupo ocupacional, a disseminação do vírus na sociedade acaba por afetar o ambiente escolar.
A Agência defende ainda que a atividade física é extremamente importante para a saúde pública e considera que “as crianças e os jovens (nascidos em 2005 e posteriormente) devem continuar a poder participar em atividades desportivas e de lazer organizadas, tanto no interior como no exterior”.
A suécia, que na primeira vaga foi dos poucos países europeus a evitar confinamentos obrigatórios e algumas políticas mais extremas, adotou ainda assim inúmeras medidas e recomendações para conter a epidemia.
Além das medidas mais convencionais, recomendou o teletrabalho sempre que possível e adotou o ensino à distância a partir do secundário (16 ou mais anos).
Outras medidas continuam a não ser recomendadas, como o uso de máscara em geral (apenas nos transportes públicos, em horas de ponta).
Consulte aqui a lista de recomendações da Agência Sueca de Saúde Pública