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“Long-covid” associado essencialmente a crenças de infeção

Uma equipa de investigadores tentou descobrir de que forma “acreditar que se esteve infetado” e ter “uma infeção comprovada após teste sanguíneo” se relacionam com os sintomas físicos persistentes. A conclusão foi de que apenas a perda de olfato se relaciona mais com a confirmação sanguínea da infeção.

Após uma infeção por SARS-CoV-2, muitos doentes apresentam sintomas persistentes, conhecidos como “Long-Covid”.

Segundo, o estudo “Association of Self-reported COVID-19 Infection and SARS-CoV-2 Serology Test Results With Persistent Physical Symptoms Among French Adults During the COVID-19 Pandemic”, publicado recentemente no site de medicina internacional Jama Network, as crenças sobre as causas destes sintomas podem influenciar a sua perceção e promover comportamentos de saúde desadaptados.

A investigação teve como principal objetivo examinar as associações de infeção por SARS-CoV-2 em sujeitos que auto relatam ter tido sintomas e outros que apresentam resultados positivos de testes serológicos, com sintomas físicos persistentes (por exemplo, fadiga, falta de ar, ou atenção deficiente).

Resultados em destaque

Dos 35.852 voluntários convidados a participar no estudo, 26.823 (74,8%) com dados completos foram incluídos na investigação.

A infeção auto relatada foi associada positivamente a sintomas persistentes.

O resultado positivo no teste serológico para a SARS-CoV-2 foi associado positivamente à anosmia (perda total ou parcial do olfato) persistente, mesmo quando restringido aos participantes que atribuíam os seus sintomas à infeção Covid-19.

De salientar, igualmente, que a perda de olfato foi um sintoma pouco relatado, com apenas 0,5%. Por outro lado, a título de exemplo, 10,2% das pessoas que, acreditavam ter tido a doença, relataram “problemas de sono”.

Conclusões importantes

O resultado desta análise transversal sugere que: os sintomas físicos persistentes após a infeção Covid-19 podem estar mais associados à crença de ter sido infetado pela SARS-CoV-2 do que com ter a infeção Covid-19 confirmada em laboratório.

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