No seguimento do caso da criança de 6 anos, recentemente vacinada, que faleceu após uma paragem cardíaca no Hospital de Santa Maria, o The Blind Spot contactou algumas entidades e conseguiu apurar que ocorreram dois casos de miocardites em crianças vacinadas reportados ao Infarmed, no mesmo hospital, antes deste acontecimento.
Fonte segura do The Blind Spot avançou que após a vacinação Covid-19 para crianças dos 5 aos 11 anos, com agendamento exclusivo para os dias 6, 7, 8 e 9 de janeiro, foram detetadas miocardites, no Hospital de Santa Maria, em duas crianças em idade pediátrica, recentemente vacinadas.
A situação foi examinada e as crianças foram tratadas de acordo com o seu quadro clínico, sem agravamento das miocardites. Posteriormente, as reações supostamente adversas à vacina foram reportadas ao Infarmed.
De acordo com a nossa fonte, os eventos de supostas reações adversas têm acontecido com mais frequência, após o início da vacinação de crianças saudáveis em idade pediátrica.
Relatório de suspeitas de reações adversas
No “Relatório de Farmacovigilância – Monitorização da segurança das vacinas contra a Covid-19 em Portugal”, divulgado recentemente pela Infarmed, podemos identificar a seguinte afirmação que destaca a importância de relatar as reações adversas:
“Os sistemas de notificação espontânea que reúnem as comunicações de suspeita de RAM [reações adversas a medicamentos] são a principal fonte de informação para a identificação de novos efeitos adversos associados a estas vacinas (ou a qualquer outro medicamento) e daí a importância de notificar suspeitas de reações adversas, particularmente as reações graves ou não descritas. No entanto, e por diversas razões metodológicas, estes sistemas não permitem a comparação direta dos perfis de segurança das vacinas contra a COVID-19 entre si, para o que são necessárias outras análises e estudos complementares.”
No mesmo documento, podemos encontrar uma tabela de distribuição dos casos graves de RAM.
Apesar da vacinação dos 5 aos 11 anos se ter iniciado no dia 18 de dezembro e este relatório apenas conter informação até 31 de dezembro de 2021, já foi reportada uma miocardite “com evolução clínica de cura”, entre os seis casos notificados.
Para a faixa etária dos 12-17 anos, entre os 97 casos notificados como graves, incluem-se mio/pericardite, possivelmente associados à vacina de mRNA.