Uma investigação descobriu que cerca de metade dos alunos até aos 16 anos reportaram sintomas associados a “long-covid” de forma recorrente. No entanto, a diferença entre os que testaram positivo e os restantes é pequena (0,9% no ensino primário e 7,1% no secundário). Concluíram ainda que a “perda de sabor ou cheiro” foi a única categoria de sintomas com uma prevalência significativamente maior nos que tiveram um teste positivo.
Neste estudo, publicado na ONS (Instituto Nacional de Estatística britânico), foi perguntado aos pais se os seus filhos apresentaram qualquer um dos 28 sintomas associados a “long-covid”, por um período de 12 semanas ou mais, desde março de 2020 até 31 de dezembro de 2021. Isto foi pedido a todos e não apenas àqueles que reportaram ter tido Covid-19.
Comparou-se o grupo dos que tiveram um teste Covid-19 positivo em qualquer altura, com o grupo dos que nunca tiveram um teste positivo (incluindo crianças que acreditam ter tido Covid-19 e as que acreditam não ter tido a doença).
Reporte de pelo menos um sintoma “long-covid”
Entre os alunos do ensino primário com um teste Covid-19 positivo, quase metade (47,5%) reportou pelo menos um sintoma recorrente. Entre os alunos sem teste positivo, foram reportados 46,6%.
Já nos alunos do ensino secundário os valores foram de 57,6% e de 49,5%, respetivamente.
Comparação de sintomas entre os dois grupos (teste positivo e sem teste positivo)
A “perda de sabor ou cheiro” foi o único grupo de sintomas em que a prevalência foi significativamente maior nos que receberam um teste positivo do que naqueles que não receberam.
No ensino primário, os valores foram de 5,2% (teste positivo) e de 0,4%(sem teste positivo). No secundário, os valores foram de 16,6% e de 0,4%, respetivamente.
Em todos os outros grupos de sintomas, não existiram diferenças significativas entre os que tiveram teste positivo e os restantes.