Um estudo que procurou identificar as sequelas após a recuperação de Covid-19 ligeira e moderada, não encontrou diferenças significativas para o grupo de controlo (não infetados) num vasto conjunto de marcadores biológicos.
Neste estudo de coorte (grupo) longitudinal realizado pelo NIH foram analisadas inúmeras métricas que caracterizam o estado de saúde geral num grupo de indivíduos previamente infetados por SARS-CoV-2 e comparados com um grupo de controlo (sem infeção prévia).
Resultados
Não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo de infetados (recuperados) e os não infetados em inúmeros indicadores biológicos, por exemplo de:
– Inflamação;
– Auto-imunidade;
– Lesões do sistema nervoso cardíaco e central;
– Função pulmonar;
– Função neurocognitiva;
– Coagulação.
Além disso, não foram encontradas evidências de infeção viral persistente no grupo dos previamente infetados.
Sintomas relatados e resultados do estudo
Outro dado importante é o facto de que os participantes, previamente infetados, que relatavam mais sintomas físicos e mentais após a doença aguda (PASC- postacute sequelae of SARS-CoV-2) não revelaram diferenças significativas na generalidade dos marcadores biológicos objetivos investigados.
Nesta coorte, o sexo feminino e o histórico pré-Covid-19 de ansiedade foram identificados como os fatores de risco para o desenvolvimento do PASC.
Limitações
Apesar do grande mérito na investigação, nomeadamente pela análise objetiva e detalhada de inúmeros indicadores biológicos, este estudo tem algumas limitações.
Entre essas limitações estão: (1) o tamanho do grupo de previamente infetados que foi de 189 e (2) o facto terem tido maioritariamnete infeções ligeiras a moderadas (12% hospitalizados), portanto não representarem toda a variedade de severidade da doença.