O lockdown em Xangai estava programado para durar apenas nove dias, mas acabou por durar 65. Ao fim de dois meses, a 1 de junho, chegou ao fim, mas com algumas restrições. Quem testar positivo à SARS-CoV-2, regressará ao confinamento, quem viajar para fora da cidade terá que se sujeitar a uma quarentena até 14 dias e os habitantes ainda vão ter de fazer testes PCR, a cada 72 horas para usar os transportes públicos.
As autoridades começaram na passada terça-feira a desmontar as cercas e a tirar as fitas policiais das praças públicas e prédios. A 1 de junho as restrições em Xangai começaram a ser levantadas.
O transporte rodoviário e ferroviário também retomou as operações básicas, incluindo um ferry que liga distritos separados pelo rio Huangpu da cidade, de acordo com o governo de Xangai.
As limitações estão a ser levantadas, mas os habitantes ainda vão ter de usar máscaras e evitar ajuntamentos. Em caso de algum habitante viajar para fora da cidade, este terá que se submeter a uma quarentena entre sete a 14 dias.
Além disso, continua a ser proibido jantar dentro de restaurantes, as lojas apenas podem operar com 75% da sua capacidade e os ginásios, cinemas e museus só abrem mais tarde.
Por fim, os habitantes de Xangai ainda vão ter de fazer um teste a cada 72 horas para poderem usufruir dos transportes públicos e aqueles que voltarem a testar positivo à Covid-19 têm que regressar ao mesmo confinamento dos últimos dois meses.
COVID Zero
A China foi o maior e principal país a aplicar a política de “COVID Zero”, que consiste em erradicar surtos a praticamente qualquer custo.
De acordo com a Reuters, Julian MacCormac, presidente da Câmara Britânica na China, afirmou que Xangai controlou o COVID com um “custo pessoal e económico muito significativo”.