No âmbito da pandemia de Covid-19, o Governo instituiu um Cartão de Localização de Passageiros para que as autoridades tivessem informação atualizada sobre a sua localização, caso se verificasse algum caso de Covid-19. O The Blind Spot contactou os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde para confirmar o que foi feito com os dados recolhidos de mais de 12.5 milhões de cartões de localização.
Após dois anos de pandemia Covid-19, é importante analisar as medidas tomadas pelo Governo e as suas consequências. Assim sendo, o The Blind Spot entrou em contacto com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) para tentar entender a principal finalidade da recolha de dados dos passageiros que chegaram a Portugal e tiveram de preencher o Cartão de Localização de Passageiros (PLC, sigla em inglês).
Em resposta à nossa questão, o SPMS informou-nos que: “O Cartão de Localização de Passageiros (PLC, sigla em inglês para “Passenger Locator Card”) passou a ser digital no dia 2 de outubro de 2020 e, desde então, foram submetidos mais de 12.5 milhões de formulários, dos quais 12.448.774 aéreos e 109.882 marítimos”.
Dos 12.5 milhões de formulários de PLC preenchidos, questionamos sobre a quantidade de vezes que estes foram usados para rastrear e contactar os cidadãos, porém não obtivemos resposta.
O PLC entrou em vigor quando foi retomada a atividade nos aeroportos nacionais. De acordo com o Ministério da Saúde, o principal objetivo deste formulário era a recolha de dados dos passageiros que chegavam a Portugal para que as autoridades tivessem informação atualizada sobre a sua localização, caso se verifique algum caso de Covid-19 a bordo dos voos que chegam ao território nacional.