A agência tutelada por Anthony Fauci atribuiu mais 653 mil dólares à ONG responsável pelo laboratório de Wuhan. O responsável pelo novo projeto é Peter Daszak, que foi ouvido como perito credível sobre a origem da pandemia e que impulsionou a ideia de que a hipótese de fuga laboratorial, agora considerada até pela OMS, era desinformação.
A EcoHealth Alliance recebeu mais de 600.000 dólares da agência de Anthony Fauci, NIAID, para continuar a desenvolver investigações relacionadas com coronavírus.
De recordar que esta ONG (organização não-governamental) é responsável pelo Instituto de Virologia, onde se encontra o laboratório de Wuhan, na China, considerado por muitos como uma fonte provável da pandemia.
A EcoHealth Alliance
Peter Daszak, responsável máximo da organização, tem estado envolvido em inúmeras controvérsias. Ignorando o claro conflito de interesses, grandes media internacionais serviram-se dele como fonte segura para descartar a hipótese de fuga laboratorial.
Simultaneamente, organizou uma carta no The Lancet, em que tentou encerrar o debate rotulando essa hipótese de desinformação e de teoria da conspiração.
“A rápida, aberta e transparente partilha de dados sobre este surto está agora a ser ameaçada por rumores e desinformação em torno das suas origens. Estamos juntos para condenar veementemente teorias da conspiração que sugerem que o COVID-19 não tem origem natural.”
Estas ações contribuíram para que os fact-checkers considerassem durante muitos meses a hipótese de fuga laboratorial de “desinformação” e censurassem todos aqueles que a colocavam.
Só após o presidente dos Estados Unidos e a própria OMS considerarem essa hipótese credível, a censura foi levantada.
Entre os vários indícios que suportam essa tese está a proposta que a EcoHealth Alliance apresentou em 2018 à Agência de Projectos de Investigação Avançada de Defesa.
Nela era pedida que cientistas inserissem uma alteração de uma proteína específica, que facilitaria a transmissão a células humanas, sendo essa uma característica distintiva do SARS-CoV-2 e extremamente rara em vírus semelhantes.
Outras críticas
As críticas ao papel da EcoHealth Alliance e ao seu responsável são muitas. Tal como as entidades chinesas, têm sido acusados de ocultar informação e dificultar a investigação sobre a origem do vírus.
O forte investimento feito por agências americanas na abordagem seguida também é questionado por muitos.
“Em 20 anos de utilização deste método, [EcoHealth Alliance] não previu um único surto, epidemia ou pandemia”– Maureen Miller, perita em doenças infecciosas da Universidade de Columbia.
Tentativa de evitar financiamento
Entretanto, o senador republicano, Joni Ernst introduziu legislação para tentar proibir este tipo de financiamento, feito com dinheiros públicos, à EcoHealth Alliance e ao Instituto de Virologia de Wuhan (WIV).
Referências: