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Supervisor confirma que CEO da Pfizer fez alegações enganosas sobre benefícios da vacinação infantil

O supervisor farmacêutico do Reino Unido confirmou a sua conclusão de que o CEO da Pfizer, Albert Bourla, fez alegações infundadas e induziu o público em erro. Bourla alertou, em 2021, para a desinformação sobre os seus produtos e apelidou de “criminosos” os que partilham informações enganosas para “fazer dinheiro”.

Como relata o The Telegraph, uma comissão de recurso ratificou as conclusões que apontavam para violações graves do código de conduta por parte da farmacêutica norte-americana.

A comissão de recurso analisou os argumentos da Pfizer para contestar a primeira deliberação e algumas das conclusões mais gravosas. Por exemplo, a conclusão de que a empresa “tinha trazido descrédito à indústria” foi retirada.

No entanto, outras conclusões foram confirmadas, como a de terem sido feitas alegações sem fundamento ou a de que a população foi induzida em erro.

Alegações enganosas

Albert. Bourla, CEO da Pfizer, alegou que os jovens entre os cinco e os 11 anos beneficiavam da vacinação. Para tal, fez declarações como: “A covid nas escolas está a prosperar” ou “Isto é perturbador, de forma significati­­­va, do sistema educativo, e há crianças que terão sintomas graves”.

Segundo dados oficiais de inúmeros países, como Alemanha, Reino Unido ou Portugal, as taxas de internamento e de letalidade são extremamente baixas (mesmo para crianças com fatores de risco acrescido). Isto é especialmente verdade, quando se consegue apurar quais os casos provocados pela doença e aqueles incidentais (que apenas resultam de testes positivos).

Também é hoje universalmente reconhecido que o impacto da vacinação na transmissão é, na melhor das hipóteses, bastante limitado. Na altura, já existiam evidências crescentes desse facto.

Declarações de Bourla sobre a partilha de desinformação

Curiosamente, o CEO da Pfizer revelou publicamente uma posição muito crítica sobre quem partilha informação enganosa sobre as vacinas.

Numa conferência patrocinada pelo New York Times, Bourla chegou mesmo a chamar de criminosos quem, segundo ele, espalha desinformação com o objetivo de beneficiar financeiramente.

“Pessoas que, querem fazer dinheiro, algumas delas, jogando com as emoções destas pessoas, estão a criar teorias da conspiração e estão a tentar, basicamente, beneficiar os seus lucros deste medo das pessoas. E estes são os criminosos.”

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