Um estudo que monitorizou quase cinco mil estudantes do secundário saudáveis, reportou que 17,1% tiveram pelo menos um sintoma cardíaco, após a toma da segunda dose da vacina Pfizer. Os sintomas mais comuns foram dores no peito e palpitações. Para além disso, detetou anomalias no eletrocardiograma de 1% dos jovens, entre os quais uma miocardite e quatro arritmias significativas (apenas uma deu sintomas).
O estudo realizado em Taipé, a capital de Taiwan, com 4,928 adolescentes (grande maioria rapazes) concluiu que 17,1% relataram sintomas cardíacos após a segunda dose da vacina da Pfizer. Após a primeira dose já tinham sido identificados sintomas em 5,7% dos jovens.
Após a segunda dose, os sintomas mais frequentes foram: dores no peito (8,9%), palpitações (8,5%), tonturas/síncope (desmaio) (3,4%) e dispneia (dificuldade em respirar) (0,4%).
Anomalias no eletrocardiograma
Em cerca de 1% dos adolescentes foram detetadas anomalias no eletrocardiograma. O rastreio dessas anomalias ocorreu dois dias após a toma da segunda dose.
Desses 51 alunos, 12 apresentaram sintomas cardíacos, mas 31 eram assintomáticos.
Entre esses jovens, foram diagnosticadas uma miocardite sub clínica (sem sintomas) e quatro arritmias significativas (apenas uma deu sintomas).
Outras alterações nos eletrocardiogramas
Para além disso, foram detetadas outras alterações, nomeadamente o aumento da frequência cardíaca e alterações de atividade do coração, após a segunda dose.
A frequência cardíaca teve um aumento médio de 2,6 batimentos por minuto. Mesmo com a correção para esse aumento, verificaram-se diferenças nos ciclos cardíacos, nomeadamente na duração da sístole ventricular (QT).