Uma entrevista de Robert Kennedy Jr. à televisão ABC sofreu cortes significativos, já que as partes em que abordou as vacinas covid foram censuradas. Às acusações de ter feito alegações falsas, o candidato afirma poder fornecer “citações” e acusa o canal de fazer “propaganda farmacêutica”.
A ABC News reconhece ter editado uma entrevista com o candidato presidencial Robert F. Kennedy Jr. para excluir alegações feitas sobre as vacinas contra o coronavírus.
“Devemos notar que, durante nossa conversa, Kennedy fez alegações falsas sobre as vacinas COVID-19”
“Usámos nosso julgamento editorial para não incluir partes dessa troca em nossa entrevista.”
– Linsey Davis, pivot da ABC News Live
Reação de Robert F. Kennedy Jr.
Kennedy afirmou que a ABC “cortou a maior parte do conteúdo da (sua) entrevista, deixando apenas trechos escolhidos a dedo”. Para além disso, salientou que a ABC não ofereceu “nenhuma evidência” para suportar a justificação de que teria feito “afirmações falsas”. Pelo contrário, afirma que pode fornecer citações para apoiar todas as declarações que fez durante a entrevista.
Desse modo, considera que “em vez de jornalismo, o público viu um trabalho de “recorte” e “em vez de informações, eles receberam difamação e propaganda farmacêutica desembainhada”.
Para ele “os americanos merecem ouvir a entrevista completa para que possam tomar suas próprias decisões” e questiona: “Como pode a democracia funcionar sem uma imprensa livre e imparcial?”
Conflitos de interesse dos principais media norte-americanos
A política de censura e a orientação editorial de muitos media em relação às vacinas levanta questões sobre os financiamentos da comunicação social e conflitos de interesse a que estão sujeitos.
Vários programas, alguns da ABC, têm tido como patrocinadores grandes empresas farmacêuticas como a Pfizer.