Um estudo publicado numa conceituada revista científica revela que a cobertura de gelo aumentou na Antártida, entre 2009 e 2019. Diariamente são reportadas estimativas e previsões baseadas em modelos computacionais, eventos anedóticos ou dados parcelares, que sugerem a sua diminuição. Já este estudo, revisto por pares e baseado em dados reais, não foi divulgado pela generalidade da comunicação social.
Dados reais revelam que as plataformas de gelo da Antártida tiveram um crescimento global significativo nos últimos 11 anos. No total, o crescimento de gelo da Antártida, entre 2009 e 2109, terá sido de 5.305 km2.
Esse crescimento não foi uniforme. A redução registada na Península Antártica (6.693 km2) e na Antártida Ocidental (5.563 km2) foi compensada pelo crescimento da área na Antártida Oriental (3.532 km2) e nas grandes plataformas de gelo Ross e Ronne-Filchner (14.028 km2).
O estudo, já revisto por pares, e foi publicado na União Europeia de Geociências.
Dados reais em vez de modelos
Ao contrário de muitos outros, este estudo baseia-se em dados reais recolhidos por satélite.
Modelos computacionais, logicamente dependentes dos seus pressupostos, têm dado origem a previsões catastróficas que depois são replicadas por figuras públicas, muitas vezes com interesses políticos ou financeiros no tema, e pelos grandes media.
A título de exemplo, Al Gore, ex Vice-Presidente dos Estados Unidos e presidente da Generation Investment Management e da The Climate Reality Project, utilizou esses modelos para sugerir que existia, ainda em 2009, grande probabilidade de que a cobertura de gelo do polo Norte desaparecesse durante meses de verão. Algo que também nunca ocorreu.
“Alguns dos modelos sugerem ao dr. Maslowski que existem 75% de hipóteses de que a cobertura do polo norte durante alguns meses de verão possam ficar completamente sem gelo nos próximos cinco a sete anos”– Al Gore, Conferência COP15 sobre Alterações Climáticas, 16/12/2009.
Cobertura dos media
Também os media seguem previsões e estimativas baseadas em modelos teóricos como sendo dados fiáveis e indiscutíveis.
Paralelamente, a grande variabilidade destes fenómenos naturais possibilita que apenas alguns sejam divulgados, criando assim uma visão distorcida da realidade e dando suporte à narrativa da emergência climática provocada pela ação humana.
Poucos dias antes da revelação do crescimento do gelo, o The Guardian citou uma cientista climática que afirmou:
“Todos os modelos projetam que, à medida que o clima aquece, esperamos ver [o gelo marinho da Antártida] diminuir”
“Há um consenso generalizado sobre isso. Portanto, este gelo marinho baixo é consistente com o que os modelos climáticos mostram.”
No sentido contrário, quando um estudo como este, baseado em dados reais e revisto por pares, é publicado, os grandes órgãos de comunicação social ignoram-no por completo.
Ver também:
Investigação TBS: Alterações climáticas- Causa existencial, negócio bilionário ou pretexto para mudar o mundo? (assinantes)
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