O Prémio Nobel da Física em 2022, John F. Clauser afirma que o alarmismo climático é uma ameaça à economia mundial e ao bem-estar de bilhões de pessoas, e acaba de assinar a Declaração Mundial da CLINTEL e assumir um papel ativo no Conselho de Administração da CO2 Coalition. Reconhece ainda que a pseudociência associada a um conjunto de interesses económicos e políticos, condicionam a ciência ao politicamente correto. salienta ainda que o ceticismo é uma qualidade fundamental do trabalho científico. Não há «donos» da ciência.
O alarmismo climático é recusado por John F. Clauser, Prémio Nobel da Física em 2022. Ao assinar a Declaração Climática Mundial da CLINTEL (Climate Intelligence) e ao assumindo um papel no Conselho de Administração da CO2 Coalition, o distinto físico enfatizou a vital necessidade de maior transparência na «ciência climática» e identificou não só os equívocos resultantes de uma aliança construída entre uma ciência corrompida e uma vasta rede de «stakeholders», como ainda a necessidade de se ultrapassar o politicamente correto quando se faz boa ciência.
O destaque atribuído a este Nobel da Física vem na sequência da sua recente palestra proferida em finais de junho de 2023, no evento da Quantum Korea, ao identificar o IPCC (Painel Internacional sobre a Mudança Climática) da Organização das Nações Unidas (ONU) como fonte de desinformação. Em sua opinião, «Creio que a mudança climática não é uma crise. (…). Cuidado. Se estiver a fazer boa ciência, ela pode levá-lo a áreas politicamente incorretas. Se for um bom cientista, vai segui-las. Tenho várias que não tenho tempo para discutir, mas posso dizer com confiança que não existe uma verdadeira crise climática e que as alterações climáticas não causam fenómenos meteorológicos extremos.”.
Uma ameaça à economia mundial e ao bem-estar de bilhões de pessoas
A transparência na ciência climática é, pois, urgente, porque «ameaça a economia mundial e o bem-estar de bilhões de pessoas». Na realidade, o verdadeiro problema radica no esforço a realizar em prol da melhora de vida da população mundial e a crise energética que lhe está associada. Nas palavras de John F. Clauser:
«A narrativa popular sobre as alterações climáticas reflecte uma perigosa corrupção da ciência que ameaça a economia mundial e o bem-estar de milhares de milhões de pessoas. A ciência do clima mal orientada transformou-se numa pseudociência jornalística de grande impacto. Por sua vez, a pseudociência tornou-se um bode expiatório para uma grande variedade de outros males não relacionados. Tem sido promovida e alargada por agentes de marketing empresarial, políticos, jornalistas, agências governamentais e ambientalistas igualmente mal orientados. Na minha opinião, não existe uma verdadeira crise climática. Há, no entanto, um problema muito real em proporcionar um nível de vida decente à grande população mundial e uma crise energética associada. Esta última está a ser desnecessariamente exacerbada por aquilo que, na minha opinião, é uma ciência climática incorrecta.”
O ceticismo é uma qualidade em ciência vs os «donos» da ciência
Em entrevista ao Epoch Times, Clauser relembra que uma das qualidades que um cientista deve ter é a de ser cético – o ceticismo é fundamental para analisar as interpretações acerca da ciência, das experiências científicas e os dados por ela produzidos, mencionando que terá sido uma das muitas lições aprendidas com o seu pai, também ele um conhecido físico e professor universitário. Convém salientar este testemunho pessoal do Nobel sobre esta qualidade de ceticismo. necessária ao trabalho científico, se recordarmos as palavras de Melissa Fleming, Sub-Secretária das Nações Unidas para a Comunicação Global. Num encontro do Forum Económico Mundial, ocorrido em outubro de 2022, Fleming afirmou que «Nós somos os donos da ciência e pensamos que o mundo deveria saber.». Por tal motivo, e segundo esta dirigente, a ONU assinou um acordo com a Google no sentido de garantir uma frente de combate à pseudociência.
O papel da CLINTEL e da CO2
A CLINTEL é uma fundação independente fundada em 2019 por Guus Berkhout, professor emérito geofísico e por Marcel Crok, jornalista científico. Tem como objetivo fundamental a pesquisa sobre as causas e os efeitos da mudança climática, assim como a delineação de políticas públicas climáticas. Produziu já uma declaração – Declaração Climática Mundial da CLINTEL – no ano da sua fundação, contando já com a assinatura de cerca de 1600 cientistas mundiais, unidos pela ciência independente da política e assumindo o facto de não existir crise climática. O Clauser foi o segundo prémio Nobel a assinar esta declaração.
A CO2 é uma fundação educacional não partidária fundada em 2015 por três físicos reconhecidos, Roger Cohen, William Happer e Rodney W. Nichols. Tem como objetivo principal contribuir para o debate científico informado sobre o papel do CO2 na vida terrestre junto do público, decisores políticos e outros líderes públicos. Neste âmbito, o debate científico informado deve procurar esclarecer três áreas fundamentais relacionadas com as mudanças climáticas: a natureza da alteração climática e os limites dos modelos utilizados hoje; o papel do ser humano nesta mudança; e ainda o impacto das políticas carbono zero (reduções obrigatórias das emissões de CO2).
Referências Bibliográficas
John Clauser, Nobel Prize in Physics 2022, Official interview – YouTube
United Nations on Climate Change: “We own the science” – YouTube
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