Um dos principais conselheiros de vacinas do governo dos EUA e membro do FDA, reconhece não ter tomado qualquer das vacinas bivalentes, recomendadas no seu país. Dá, como justificações, achar-se protegido e a vacina ter riscos “surpreendentes”, nomeadamente mio e pericardites. Reconhece que foi seguida uma estratégia inovadora e que poderá demorar até 15 anos para se saber se as miocardites perdurarão.
O Dr. Paul Offit é conselheiro de vacinas do governo dos EUA e membro do FDA, o regulador envolvido nos processos de aprovação de vacinas nos estados unidos.
No entanto, apesar de ser um acérrimo defensor das vacinas covid, denunciou, ainda em 2022, a aprovação de vacinas para novas variantes sem qualquer estudo em humanos. Afirmou mesmo que “estão-nos a dizer para confiar em dados de ratos” e criticou a falta de transparência das autoridades.
Agora no seu podcast sobre vacinas reconhece que ele próprio não tomou qualquer das doses de reforço adaptado às novas variantes (bivalentes) e que se sente protegido contra a doença.
Risco de Miocardite inesperado
Quando o entrevistador lhe perguntou porque, mesmo desconfiando da sua eficácia, não tomava, de qualquer forma, os reforços, Offit reconheceu existirem riscos de miocardite que podem superar os potencias benefícios.
Justificou a sua decisão com o facto de estar surpreendido com as miocardites e pericardites, que são “uma resposta imunitária ao musculo do próprio coração”.
Efeitos a longo prazo desconhecidos
O especialista classifica a estratégia seguida com a vacina covid como “inovadora” e por isso que se saberá mais coisas com o tempo.
“Vamos descobrir mais sobre esta vacina ao longo do tempo. Trata-se de uma estratégia inovadora.”
Diz mesmo serem necessários até 15 anos para se verificar se as miocardites perduram.
“(…) vamos ver se, com o passar do tempo, quando tivermos 5 anos, 10 anos, 15 anos, se há ou não alguma evidência de doença miocárdica residual, (…) Vamos descobrir isso com o tempo”.
Riscos a longo prazo e “dados menos abrangentes”
Ao longo dos últimos meses, vários especialistas reconheceram que muitos efeitos das vacinas são ainda desconhecidos.
No entanto, no início da vacinação em massa, muitos desses especialistas e jornalistas apelidaram frequentemente de “anti-vax” ou de negacionista quem colocasse qualquer dúvida sobre a sua segurança das vacinas.
As falsas declarações de Filipe Froes
Em Portugal, vários especialistas minimizaram esses riscos e Felipe Froes, conselheiro da DGS e do governo, prestou mesmo falsas declarações, espalhadas por toda a comunicação social.
Essas declarações, nunca retificadas, não foram denunciadas por nenhum fact-checker nem deram origem a qualquer processo por declarações falsas por parte de diversas entidades com competência para o fazer, como as entidades reguladoras para a comunicação social (ERC) e para a saúde (ERS), ou a própria Ordem dos médicos.
Referências:
Beyond the Noise #17: Does Everyone Need a Yearly Covid Booster?
EUA aprovam vacina covid-19 bivalente com testes apenas em ratos
Conflitos de interesse em tempos de pandemia
EUA aprovam vacina covid-19 bivalente com testes apenas em ratos
Ver também:
Médico que prestou falsas declarações sobre vacinas Covid continua a ser fonte preferida dos media
Os avisos à DGS sobre as miocardites
Investigação Filipe Froes: Declarações infundadas sobre vacinação Covid -19
Investigação Filipe Froes: Cargos, conflitos de interesse e promoção nos media mainstream