O Presidente russo, Vladimir Putin, aprovou a Doutrina Climática da Federação Russa. O documento aponta como objetivo a neutralidade carbónica em 2060 e orientará as medidas e os mecanismos de regulação a aplicar a cidadãos e a empresas. Apesar das recentes divisões, a propósito da guerra na Ucrânia, a Rússia mostra que continua alinhada com as potências ocidentais nesta agenda global.
A Doutrina Climática da Federação Russa foi aprovada pelo presidente Putin e aponta como objetivo a neutralidade de carbono até 2060. O documento destaca que a solução para o problema das alterações climáticas exige uma participação global.
No documento, as alterações climáticas são consideradas uma ameaça à segurança da Federação Russa e, por isso, exigem recursos que assegurem os efeitos pretendidos no meio ambiente e na economia.
A lei, caso seja aprovada na câmara superior do parlamento, obrigará algumas empresas a reportarem a quantidade de emissão de gases com efeito de estufa.
Efeitos negativos e positivos das alterações climáticas
Além disso, a doutrina enumera as principais consequências adversas previstas para a Federação Russa devido às alterações climáticas, incluindo o aumento dos riscos para a saúde dos cidadãos.
No entanto, também são referidos efeitos positivos das alterações em curso, como a redução do custo com o aquecimento de edifícios.
Alinhamento com a agenda do Fórum Económico Mundial
Apesar das recentes tensões originadas pela invasão da Ucrânia, Putin tem um longo historial de alinhamento sobre algumas agendas com elites políticas e financeiras mundiais.
Klaus Schwab, fundador do Fórum Económico Mundial (FEM), referiu mesmo que Putin teria sido membro do Programa dos Jovens Líderes Mundiais do FEM (apesar dessa informação não constar atualmente no seu site).
No seu último discurso no FEM, em 2021, a relação próxima com a organização e o grande alinhamento sobre alguns temas fica bastante clara.
