A recente onda de contestação dos agricultores que agitou toda a Europa (até este nosso pacato cantinho chamado Portugal), não é “apenas” mais uma vaga de manifestações de descontentes com a falta de atribuição de subsídios, apoios, etc.
Ver o fenómeno apenas por esse prisma é manifestamente pouco.
Realmente o sector primário Europeu sofre uma formidável ofensiva global, que se manifesta pelo corte nos apoios, pela proibição de várias actividades agrícolas, pela permissão de entrada na Europa de produtos similares de outros continentes ou países extra-UE muito mais baratos, em suma, por uma aparente asfixia desta velha actividade que durante séculos foi o sustento das populações.
Teses estapafúrdias como os gases das vacas serem prejudiciais ao ambiente, são divulgadas pelos média não como anedotas que são, mas como coisas sérias por que querem passar.
Este ataque, já causou alguns dissabores aos seus autores, como na Holanda país tradicionalmente agrícola, onde um recém-nascido partido de agricultores pura e simplesmente ganhou as eleições regionais e pulverizou a concorrência.
A pergunta impõe-se: Porquê?
Porque a prazo pretende a agenda globalista em curso mudar também o paradigma alimentar das populações.
São já conhecidos e divulgados como “bons” pela imprensa sempre servil, os projectos de transformar insectos em comida ou alimentos como carne produzidos por impressoras 3D “tal e qual como se fossem autênticas “, anunciam alegremente os média aos papalvos, como se anunciassem a banha da cobra.
Ora estes projectos são invariavelmente financiados e produzidos pelos mesmos grupos económicos cuja omnipresença em tudo o que interessa à Humanidade é sobejamente conhecida, motivo pelo qual e por uma questão de bom gosto, se dispensa aqui a sua identificação. Por uma vez, vamo-nos poupar de escrever os seus nomes. O texto fica mais limpo.
O futuro alimentar das populações consistirá em produtos sintéticos e artificiais produzidos em massa. O natural vai morrer porque “faz mal ao ambiente “claro. E aos bolsos de quem manda.
Literalmente, resta comer e calar. E habituem-se!
José Castro
José Manuel de Castro é advogado. É licenciado e pós-graduado em Ciências Político – Administrativas pela Faculdade de Direito de Lisboa.