Skip to content

No meio de polémica, AstraZeneca suspende venda das suas vacinas contra a covid-19

Alvo de processos judiciais e pedidos de indemnizações milionários no Reino Unido por causa de reações adversas associadas à sua vacina contra a covid-19, a AstraZeneca solicitou em Março o fim da venda da sua Vaxzevria na União Europeia. A farmacêutica anglo-sueca justificou a decisão com a quebra nas vendas, mas em Fevereiro já admitiu em tribunal que o fármaco pode mesmo causar efeitos secundários raros. Segundo dados do Our World in Data, foram administradas 2.3 milhões de doses da Vaxzvaria em Portugal até 29 de Setembro do ano passado e mais de 67 milhões até ao momento na União Europeia.

A partir de hoje, a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 deixará de estar disponível. Envolta em polémica devido aos vários casos reportados de reações adversas graves e pedidos de indemnização milionários, a farmacêutica anglo-sueca solicitou o fim da venda da sua Vaxzevria – que foi aprovado pela Comissão Europeia em Março passado e terá efeitos a partir desta terça-feira.

Tendo sido das primeiras vacinas anticovid a ser comercializada, a vacina da AstraZeneca chegou a ser suspensa temporariamente em 2021, mas agora a retirada de circulação será definitiva na Europa. Embora a AstraZeneca justifique a decisão com uma diminuição nas vendas devido à oferta de outras vacinas mais ajustadas às novas variantes, a verdade é que desde 2021 que a Vaxzevria suscita sérias dúvidas sobre o seu perfil de segurança, com casos reportados de problemas de coagulação sanguínea após a administração. 

A empresa farmacêutica, que agora está debaixo de fogo, assumiu em Fevereiro, pela primeira vez, num tribunal britânico, que a sua vacina contra a covid-19 pode mesmo causar síndrome de trombocitopenia e trombose – como foi noticiado pelo jornal The Telegraph no final do mês passado.

Segundo dados do Our World in Data, foram administradas 2.3 milhões de doses da Vaxzvaria em Portugal até 29 de Setembro do ano transato e mais de 67 milhões até ao momento na União Europeia.

As autoridades de saúde portuguesas sempre tentaram menorizar preocupações com a segurança da vacina da Astrazeneca, com a antiga diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a apelar à população que não recusasse esta vacina, sob risco de ficar vulnerável à covid-19. Isto mesmo depois de a sua administração ter sido suspensa por precacaução, durante alguns dias, em Março de 2021. Na altura, também a Agência Europeia do Medicamento assegurou que a vacina era segura e eficaz, mas a Direção-geral da Saúde acabaria por recomendá-la apenas a maiores de 60 anos.

Num comunicado com data de 27 de Março passado, a Comissão Europeia decretou que “A pedido do titular, a autorização de introdução no mercado concedida (…) para o medicamento “Vaxzevria – COVID-19 Vaccine (ChAdOx1-S [recombinante])” é retirada”, com efeito “a partir de 7 de maio de 2024”.

”.

Ver também:

Supervisor: Pfizer fez alegações enganosas sobre eficácia de vacinas covid – The Blind Spot

Regulador que omitiu efeitos adversos de vacinas Covid recebeu 4,2 milhões da fundação Gates – The Blind Spot (Assinantes)

Parlamentares britânicos acusam regulador de omitir efeitos adversos de vacinas Covid – The Blind Spot

Parlamentares britânicos acusam regulador de omitir efeitos adversos de vacinas Covid – The Blind Spot

Vacinas Covid com 23,8 vezes mais notificações de reações adversas do que vacinas tradicionais – The Blind Spot

Compre o e-book "Covid-19: A Grande Distorção"

Ao comprar e ao divulgar o e-book escrito por Nuno Machado, está a ajudar o The Blind Spot e o jornalismo independente. Apenas 4,99€.