Desde os primeiros meses da crise de covid-19 que quem mostrava perspetivas, ou mesmo dados oficiais, que contrariem a narrativa dominante, imposta pelas autoridades e pelos média, era ostracizado, cancelado ou censurado. Em Portugal, jornais como o The Blind Spot e o Página Um, e dezenas de pessoas, incluindo muitos médicos, foram sistematicamente perseguidos, censurados e insultados.
Agora, um relatório bipartidário do painel Covid-19 de uma Comissão especializada da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, baseada em mais de 30 entrevistas com peritos e funcionários, 25 audições e a análise de mais de um milhão de páginas de documentos, vem mostrar que essas perspetivas não só eram legítimas, como estavam, na sua grande maioria, corretas.
Entre as muitas conclusões do relatório, é de destacar:
– A resposta à covid-19 foi “marcada por fraudes, desperdícios e abusos”;
– As medidas aplicadas foram ineficazes e/ou não têm comprovação científica, nomeadamente, o distanciamento social, os confinamentos, as máscaras faciais, a testagem covid, o fecho de escolas, e os mandatos de vacinação;
– A maioria dessas medidas teve efeitos negativos e, por vezes, devastadores, que perdurarão durante décadas;
– A Administração Biden e funcionários de saúde pública desinformaram o público, por exemplo, sobre a Teoria da Fuga do Laboratório e a eficácia e segurança das vacinas contra a covid-19;
– A FDA e outros funcionários de saúde pública desinformaram o público, nomeadamente, dando “a entender que a ivermectina era apenas para cavalos e vacas”;
– A Administração Biden recorreu a métodos “não democráticos e provavelmente inconstitucionais” para supostamente “combater o que considerava ser desinformação”;
– A Administração Biden acelerou a aprovação da licença biológica da Pfizer e afastou cientistas seniores, que manifestaram preocupação com essa aprovação, para impor mandatos de vacinação;
– Os sistemas de reporte dos efeitos adversos da vacina são insuficientes e pouco transparentes.
Em próximos artigos, debruçar-nos-emos sobre estas e outras conclusões do relatório, que basicamente confirmam a pertinência do nosso trabalho, e do trabalho de muitos outros.
É importante que, também em Portugal, na Europa e por todo o mundo, se apurem responsabilidades e se avalie o que foi (e continua a ser) feito, em particular por políticos, média e Academia.
Só assim se poderá impedir que este e outros tipos de crises, reais ou artificiais, se tornem recorrentes, e conter-se os interesses e as agendas que as exageram, estimulam ou criam.
Nuno Machado – Director The Blind Spot