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Relatório Oficial Covid: Certificados de vacinação não tiveram base científica e causaram enormes danos colaterais

A imposição da vacina contra a covid-19 decretada pela administração Biden não foi baseada na Ciência, e teve consequências devastadoras para os norte-americanos. Estas conclusões constam do relatório bipartidário elaborado pelo painel Covid-19 da Comissão de Supervisão e Responsabilização da Câmara dos Representantes dos EUA, divulgado esta terça-feira. O relatório denuncia também a polarização política causada pela medida, com políticos e agentes de saúde pública a propagar a ideia de que a obrigatoriedade era necessária para “combater os malévolos, ignorantes e egoístas dos ‘não-vacinados’ que perpetuavam a pandemia”. Além disso, reconhece que houve um “esforço coordenado” para ignorar a imunidade natural e suprimir as opiniões dissidentes, recordando que, desde o início, “já era evidente que a vacina não prevenia a infecção nem a transmissão do vírus”. 

As evidências científicas disponíveis sempre apontaram nesse sentido, mas agora foi confirmado por um relatório bipartidário elaborado pelo painel Covid-19 da Comissão de Supervisão e Responsabilização da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A imposição da vacinação contra a covid-19 decretada pela administração Biden em 2021 não foi baseada na Ciência, e teve consequências devastadoras para a Economia e para a saúde mental dos norte-americanos.  

Divulgado esta terça-feira, o relatório de 557 páginas refere que, em Setembro de 2021, quando o presidente cessante Joe Biden anunciou a medida para os trabalhadores federais, alegando que a vacina impedia que se infectassem, “já era evidente que a vacina não prevenia a infecção nem a transmissão do vírus”. 

Os autores destacam que “isto parece invalidar a mais básica lógica da obrigatoriedade da vacina”, acrescentando que os certificados vacinais ignoravam o conceito (há muito estabelecido cientificamente com outros vírus) da imunidade conferida pela infecção. 

A decisão tomada, frisa o relatório, “parece contrariar frontalmente décadas de investigação científica. Apesar de a covid-19 ser um vírus novo, havia um consenso científico de que as infecções por coronavírus, incluindo o SARS-CoV-1, produziam imunidade natural”.  

O relatório cita também um paper do British Medical Journal (BMJ), da autoria de vários especialistas internacionais de saúde pública e de bioética, publicado em Maio de 2022. Os especialistas afirmavam que as políticas de obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 tinham tido “efeitos perniciosos” para a confiança do público (nas vacinas e não só), a polarização política, direitos humanos, desigualdades e bem-estar social. 

E mais: o paper concluiu que as vacinas covid foram impostas sobretudo para “encorajar a vacinação entre os mais novos, que tinham menor risco de doença grave com a covid-19″.  

Quanto ao impacto social, um dos autores destacou que a imposição da vacina parece ter aprofundado divisões políticas, ao cimentar a ideia de que a medida era necessária para “combater os malévolos, ignorantes e egoístas dos ‘não-vacinados’ que perpetuavam a pandemia”. Uma retórica que, lembra, foi adoptada por alguns políticos e agentes de saúde. 

Em Outubro de 2021, um estudo mostrou também que os casos de reinfecção pelos vírus eram raros, e que a protecção natural durava cerca de um ano. Estas conclusões foram corroboradas por estudos posteriores, com alguns a “questionarem directamente a lógica da obrigatoriedade da vacina contra a covid-19″. Um deles, salientam, foi publicado na revista Lancet em Fevereiro de 2023, e concluía que a “imunidade natural confere a mesma protecção que duas doses da vacina de mRNA”. Sobre este aspecto, o relatório é peremptório: “houve um esforço coordenado por parte de agentes de saúde pública para ignorar a imunidade natural e suprimir as opiniões dissidentes”. 

Os autores do relatório apontam ainda que os certificados de vacinação prejudicaram a relação médico-paciente, ao retirar a autonomia dos profissionais de saúde para avaliar o risco e fazer recomendações individualizadas.  

“Isto significava que independentemente de uma infecção prévia com covid-19, reacções adversas a vacinas anteriores, probabilidade de sofrer de um efeito adverso com a vacina covid, ou do risco de doença grave com a covid-19, todos os indivíduos eram vistos de igual forma com a obrigatoriedade da vacina da covid-19″, concluem. 

Fonte:  

AFTER ACTION REVIEW OF THE COVID-19 PANDEMIC: The Lessons Learned and a Path Forward – Final Report 

Ver também:

Relatório Oficial Covid: Imposição de máscaras foi ineficaz e justificada com “estudos deficientes” – The Blind Spot

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