Em 2018 fui a Londres, ou melhor, passei por Londres e estive uns dias pela primeira vez numa cidadezinha a norte da capital, Wellingborough, observando tudo em volta com uma curiosidade que já julgava extinta. A diversidade étnica das ruas, o gosto duvidoso de algumas cidadãs locais quanto à moda, a comida insípida, a beleza verde do campo e a amabilidade formal de toda a gente não foram propriamente uma surpresa. Aquilo que me estava a intrigar era a monotonia arquitectónica das áreas suburbanas inglesas. As casas de dois pisos eram todas iguais, fossem velhas ou novas, da mesma cor, com o mesmo estilo, o mesmo telhado e o mesmo tipo de janelas brancas sem varandas. Ah, é o conservadorismo inglês – raciocinei. Recordando essa viagem, vejo como todos esses pensamentos de então me parecem agora insignificantes. O terramoto que o mundo tem sofrido nos últimos três anos faz-nos hoje viver a uma velocidade estonteante de acontecimentos. Tudo o que conhecíamos está inexoravelmente a mudar. Talvez as casas inglesas permaneçam as mesmas, mas tudo o resto já é diferente.
Construir o puzzle
O que tenho feito desde então é tentar “fazer o puzzle”, entender o que se está a passar no mundo, encaixar os acontecimentos, procurar explicações. Agora, o “puzzle” está praticamente completo. Parece-me bastante claro que, desde a pandemia (ou pseudo-pandemia) os governos do mundo se lançaram numa cruzada para mudar tanto as sociedades, quanto o homem individual. A primeira característica essencial deste processo é o fato de abranger praticamente todos os países do mundo de forma síncrona, incluindo países do Oriente, como a Rússia ou a China. Os poucos líderes que se opuseram ultimamente aos processos de globalização e ao domínio supra-nacional das entidades globais, como a ONU ou a OMS, acabaram destituídos ou mortos. No mundo ocidental, nenhum líder demonstrou intenção de abandonar os compromissos transnacionais que minam a independência nacional, destroem a economia e levam ao despovoamento em massa. Não seria fácil fazê-lo. Acabar com a soberania dos Estados é um antigo plano das elites globalistas que já se concretizou plenamente.
A segunda característica é a sujeição generalizada e a alegre glorificação das mais recentes tecnologias – como a Inteligência Artificial -, rumo ao transhumanismo. Este, por sua vez, visa duas grandes prioridades: o despovoamento e o controlo das pessoas através da digitalização total das sociedades. Repito, isto acontece tanto a Ocidente quanto a Oriente.
O que nos está, afinal, a acontecer?
Começo a fazer a lista das novas leis e dos recentes fenómenos sociais dos últimos anos, e quase não há fim à vista. Enumero apenas alguns:
- A digitalização total da sociedade e a introdução massiva de IA que causará, além da total vigilância e controlo, um enorme desemprego global.
- A política de eliminação do dinheiro vivo e a imposição da moeda digital do Banco Central (CBDC), incluindo a chamada worldcoin, associada à recolha de dados biométricos através do Orb. O Orb é um um aparelho em forma de esfera que lê a íris dos olhos. A moeda mundial permitirá aos governos introduzir a chamada identidade digital, sem a qual pouco se poderá fazer.
- Vigilância total através do uso massivo de câmeras de videovigilância, programas de reconhecimento facial, códigos QR, carteiras digitais, etc.
- Proibição do consumo normal de carne de origem animal sob pretextos sanitários e imposição do consumo de insetos e vermes.;
- Sujeição dos governos à agenda climática, que impõe o chamado aquecimento global, a “economia verde”, a “pegada de carbono”, como pretextos para a destruição total da economia mundial. Recordemos que a “ideologia do aquecimento global” foi imposta aos Estados como resultado das deliberações do Clube de Roma, criado pelo clã Rockefeller para fundamentar a teoria do despovoamento.
- Engenharia genética, alterando o ADN dos humanos irreparavelmente e de forma massiva, provocando a esterilização da população mundial (cujas consequências já estamos a observar).
- ”Avanços” como a concepção artificial de bebés, a clonagem humana, a mudança de sexo, a revolução LGBT, etc.
Tentativas de estabelecer regimes autoritários no mundo ocidental, através da aprovação de leis que limitam os direitos humanos, da censura em plataformas digitais, da perseguição, estigmatização pública e ostracismo, e até assassinatos diretos, apresentados como acidentes.
Não vos quero cansar com más notícias. Afinal, temos um “admirável mundo novo” e muitos jovens parecem estar entusiasmados com ele.
O que nos resta fazer?
Como diz um amigo meu, “isto assim não vai lá”. Poucos já acreditam que os governos trabalham para o nosso bem.
A grande questão é que os dissidentes do sistema precisam de ter consciência que os métodos tradicionais de luta política não têm grande chance de sucesso já que as forças são excessivamente desiguais. Perante a pouca eficácia dos métodos legais (criar partidos, organizar manifestações, recolher assinaturas, enviar e-mails ou abaixo-assinados), será que a solução que resta é recorrer à violência política?
Como dizem alguns intelectuais, pode não haver outra saída para este impasse histórico senão a guerra. A questão é que nem precisamos de esperar, a guerra já está aí. Mas temos também que ter consciência que a guerra encaixa perfeitamente na estratégia globalista que busca despovoar, devastar os Estados-nação, destruir a economia, empobrecer as massas e causar o caos generalizado, pois isso permitirá estabelecer a Nova Ordem Mundial organizada em regiões.
Só uma única coisa nos resta, e que tentarei explicar. As elites globalistas e os seus admiradores são maioritariamente adeptos de cultos luciferianos (satânicos). A sua força, acelerada pelos supercomputadores de IA, é enorme, o seu poder destrutivo é colossal. Há uma única coisa que se lhes pode opor, uma única coisa tem poder suficiente para vencer a sua força maléfica: o poder espiritual de grandes grupos de pessoas orientadas para o mesmo objetivo; a força de quem acredita que o Bem supremo, o Amor supremo, Deus, pode e vai prevalecer sempre sobre as trevas. Sejamos os combatentes do Bem, aqueles que não sucumbiram aos encantos dos nossos inimigos.
Cristina Mestre
Psicóloga e tradutora
Licenciada em Neuropsicologia pela Universidade de Moscovo (MGU), nos últimos anos tem trabalhado principalmente como tradutora em agências de notícias do Leste da Europa.