Segundo avança a Reuters, a Pfizer retirou um pedido de autorização de uso emergencial da sua vacina contra a Covid-19 na Índia, depois de não corresponder à solicitação do regulador de medicamentos que requer uma apresentação de um plano para gerar dados de segurança e imunogenicidade no país.
Esta decisão significa que a vacina não estará disponível para venda nos dois países mais populosos do mundo, Índia e China, num futuro próximo.
A empresa norte-americana, que foi a primeira farmacêutica a procurar aprovação de emergência na Índia para a sua vacina desenvolvida com a BioNTech da Alemanha, tomou a decisão de retirá-la após uma reunião com a Central Drugs Standard Control Organization da Índia.
O regulador de medicamentos disse que os seus especialistas não recomendam a vacina porque os efeitos colaterais ainda estão a ser investigados.
De acordo com os oficiais de saúde da Índia, normalmente, são sempre pedidos os denominados ensaios de transição para determinar se uma vacina é segura e gera uma resposta imunitária nos seus cidadãos. Contudo, nas disposições ao abrigo das regras da índia, é possível renunciar a tais ensaios em determinadas situações.
Declarações da Pfizer
“Com base nas deliberações da reunião e nas informações adicionais que o regulador possa necessitar, a empresa decidiu retirar o seu pedido neste momento”, justificou a Pfizer numa declaração à Reuters.
“A Pfizer continuará a colaborar com a autoridade e apresentará de novo o seu pedido de aprovação com informações adicionais assim que estiverem disponíveis num futuro próximo”, finalizaram.
A Pfizer tinha pedido autorização para a sua vacina na Índia no final do ano passado, mas o governo em janeiro aprovou duas vacinas muito mais baratas – AstraZeneca e outra desenvolvida na Índia pela Bharat Biotech com o Conselho Indiano de Investigação Médica.
Apesar destas declarações já terem sido feitas há pelo menos um ano, a situação mantém-se idêntica. A Índia, recentemente, autorizou a utilização de emergência da nova vacina russa Sputnik Light, mas continua a não aprovar a aplicação da vacina contra a Covid-19 da Pfizer.