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DGS prepara-se para vacinar crianças com vacinas de primeira geração

A Direção-Geral de Saúde (DGS) pretende vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos contra a covid-19 no próximo outono, mesmo que não estejam disponíveis vacinas aprovadas para as novas variantes. Segundo noticia o Público, a DGS tem como prioridade aumentar a percentagem de crianças vacinadas com o esquema vacinal primário concluído (43%), muito abaixo da média de 97% da população em geral.

De acordo com o jornal, é intenção da DGS ministrar as vacinas de segunda geração que protejam contra as sub-variantes Omicron, as quais aguardam aprovação. Mas, caso não estejam disponíveis, serão oferecidas às crianças as vacinas que foram ministradas há um ano e aprovadas apenas contra a estirpe original. “Atendendo a que esta estratégia de vacinação tem como objectivo reduzir a covid-19 grave, a hospitalização e a morte, a vacinação dos grupos elegíveis não deve ser protelada caso não estejam disponíveis vacinas adaptadas aquando do início da campanha de vacinação, devendo utilizar-se as vacinas atualmente disponíveis e autorizadas”, pode-se ler no documento da DGS.

A campanha de vacinação terá início no dia 5 de setembro, abrangendo, numa primeira fase, os maiores de 60 anos e as doses de reforço para essa faixa etária. A vacinação das crianças está agendada para o início do outono.

Países com estratégias diferentes

Para a faixa etária dos 5 aos 11 anos, a Finlândia recomenda a administração da vacina covid-19 apenas às crianças “em grupos de risco, cuja doença ou condição possa expô-los a doença grave por coronavirus”. Incluem-se as crianças que convivam regularmente com pessoas com imunodeficiência grave. Na Noruega e na Dinamarca as recomendações são idênticas, estendendo-se a idade limite até aos 15 e 17 anos, respetivamente.

A Suécia não recomenda a vacinação covid-19 em crianças. De acordo com a Reuters, “com o conhecimento que temos atualmente, com um risco baixo de doença grave para as crianças, não vemos nenhum benefício claro ao vaciná-las”, disse Britta Bjorkholm, o responsável da Agência de Saúde Sueca.

No Uruguai, um juiz determinou a “suspensão imediata” da vacinação contra o coronavírus para menores de 13 anos no país, até que sejam analisados os contratos entre o governo e a farmacêutica Pfizer e a “composição das substâncias” contidas no medicamento. Segundo o jornal O Globo, publicado a 7 de julho, o juiz Alejandro Recarey, do Tribunal Contencioso Administrativo, tomou a decisão após a apresentação de um recurso para suspender a aplicação da vacina em crianças, prevista no país a partir dos 5 anos de idade, de forma voluntária. O Governo do Uruguai anunciou que acatará a sentença, mas entrará com recurso contra a decisão.

O estado norte-americano da Flórida recomendou, em março de 2022, contra a vacinação covid-19 em crianças saudáveis. Segundo a CNN, a Flórida é o único estado a contrariar as orientações da CDC, o organismo federal de controlo de doenças, que recomenda a vacinação entre os 5 e os 11 anos. Joseph Ladapo tem sido alvo de críticas desde que foi escolhido para liderar o Departamento de Saúde do estado no final do ano passado. Tem sido acusado de não respeitar o consenso científico sobre as vacinas, máscaras e estratégias de mitigação, além de promover o uso de terapias não aprovadas, caso da ivermectina e da hidroxicloroquina.

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