A Direção-Geral de Saúde (DGS) não respondeu a questões relativas aos micro-influencers recrutados com o objetivo de aumentar a taxa de vacinação. Os seus nomes, quem os selecionou e que tipo de formação tiveram são as questões colocadas pelo The Blind Spot que ficam, assim, sem resposta.
The Blind Spot noticiou, a 30 de agosto, que a DGS treinou pessoal não médico para aconselhar a vacinação contra a covid-19. A notícia foi feita com base na divulgação pela DGS do recrutamento e formação de 5.000 micro-influencers “que estão inseridos em toda a sociedade”, conforme disponível no seu site.
A redação do The Blind Spot questionou por diversas vezes a DGS para saber detalhes da iniciativa, caso da lista completa das pessoas envolvidas, que tipo de formação tiveram e quais os critérios de seleção. Sobre essas perguntas concretas, e até à data desta notícia, não obtivemos respostas.
Embora os nomes dos influenciadores não tenham sido revelados, foi nos dito que entre eles constam, por exemplo, bombeiros, presidentes de câmaras ou farmacêuticos.
Quanto ao processo de seleção, foi nos comunicado que foi feito apenas com base na identificação de pessoas influentes da comunidade.
Sobre o financiamento da campanha, nem os influenciadores nem a DGS receberam qualquer verba específica, segundo fonte da DGS.
A mesma fonte confirmou que é habitual a DGS envolver pessoas sem formação médica para dar conselhos sobre questões de saúde.
A iniciativa foi divulgada no site europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) que apresentou depoimentos de quatro micro-influencers envolvidos na iniciativa da DGS.
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