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“Somos os donos da Ciência” afirma representante da ONU no Fórum Económico Mundial

Melissa Fleming, responsável para as Comunicações Globais na ONU, afirmou numa iniciativa do Fórum Económico Mundial que eles são donos “da Ciência”. Fleming, exemplifica igualmente de que forma a sua Agência se associa às gigantes tecnológicas para ditar os resultados de busca e promover influencers que passem as suas mensagens. 

No painel do Fórum Económico Mundial intitulado “Combater a Desinformação”, Melissa Fleming, sub secretária-geral para as Comunicações Globais na ONU, afirmou (min. 42:28):

“Somos donos da ciência, e pensamos que o mundo deve saber isso (…).”

Reconhece que a ONU se associou às grandes empresas tecnológicas, nomeadamente a Google e o Tik Tok, para implementar as suas ideias sobre vários temas, como a Ucrânia, a Covid ou as alterações climáticas.

Alteração dos resultados de pesquisa no Google

Fleming usa como exemplo de parceria, a alteração dos resultados de pesquisa no Google sobre alterações climáticas, que agora dá prioridade à informação das Nações Unidas.

“Fizemos uma parceria com o Google. Por exemplo, se pesquisar alterações climáticas no Google, você irá, no topo da sua pesquisa, obter todo o tipo de recursos da ONU. Iniciámos esta parceria quando ficámos chocados ao ver que quando pesquisámos as alterações climáticas, estávamos a receber informação incrivelmente distorcida no topo.”

Deste modo, confirma-se a capacidade das redes sociais limitarem a divulgação de perspetivas científicas divergentes neste tema, como, por exemplo, na Declaração Mundial do Clima.

Nesta declaração, assinada por mais de 1.100 cientistas, é afirmado que a ciência climática “deve ser menos política, enquanto as políticas climáticas devem ser mais científicas”.

Também são feitos vários apelos.

“Os cientistas devem abordar abertamente as incertezas e os exageros nas suas previsões sobre o aquecimento global, enquanto os políticos devem contar desapaixonadamente os custos reais, bem como os benefícios imaginados das suas medidas políticas”.

Uso de influencers

Fleming disse ainda que as Nações Unidas usaram personalidades das redes sociais para implementar certas mensagens.

“Outra estratégia realmente fundamental que tínhamos era lançar influenciadores – que têm grandes seguidores – que estavam realmente interessados em ajudar a levar mensagens que iam servir as suas comunidades e eram muito mais confiáveis do que as Nações Unidas a dizer-lhes algo a partir da sua sede em Nova Iorque.”

Explica igualmente de que forma alguns cientistas se tornaram mais populares e passaram a ter o estatuto de peritos na comunicação social.

“(…) tínhamos o TikTok a trabalhar connosco. E estes cientistas, que praticamente não tinham seguidores para começar, tiveram Tiks verificados. Começaram a trazer pessoas para os seus laboratórios, para os seus escritórios e a responder às suas perguntas, envolvendo-se com eles. Realmente arrancou e muitos deles tornaram-se assessores dos media nacionais.”

Fleming sintetizou as campanhas usadas para divulgar (a sua ciência) como “uma implementação de ideias e táticas em camadas “.

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