Portugal faz atualmente mais de 20/25 mil testes Covid-19 por dia. Na passada sexta-feira, dia 9 de outubro, a ministra da saúde Marta Temido indicou que o país bateu o recorde diário – 28 392 rastreios.
O número de testes realizado está diretamente ligado ao número de infetados que é diariamente divulgado. Nenhum país conhece o número total (real) de pessoas infetadas. Os testes são a ferramenta que usam para determinar aproximadamente o número de casos positivos e o estado da infeção.
Todos os que possuem um resultado positivo nos testes são registados como casos confirmados – independentemente de terem sintomas ou de estarem assintomáticos.
Vale ainda a pena sublinhar que um caso identificado e registado como positivo não é sinónimo de pessoa doente. Na verdade, a grande maioria dos casos positivos são assintomáticos ou possuem sintomas ligeiros.
Portugal, ao contrário de alguns países europeus, possui uma política de testes aberta.
À data deste artigo, e de acordo com os dados disponíveis, a percentagem de testes positivos em Portugal rondava os 4%.
Apesar de variável, este valor é um indicador considerado relevante pela OMS. De acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde, publicados em maio, uma taxa inferior a 5% é um indicador de que a epidemia está controlada num país.
Outra forma de examinar a extensão dos testes em relação à escala do surto é saber: Quantos testes um país faz para encontrar um caso Covid-19?
De acordo com a sugestão da OMS, a referência considerada adequada situa-se entre os 10 a 30 testes por caso confirmado.
O número de testes realizados em Portugal aumentou. Nas palavras de Marta Temido “passámos de 2 500 mil testes por dia em março, para 19 600 em outubro”. Os gráficos mostram que o aumento do número de testes facilita a identificação de mais casos positivos, mas indicam também que o número de testes necessários para se detetar um caso positivo diminuiu nos últimos tempos.