O Oxford COVID-19 Government Response Tracker, que permite comparar o nível de restrição das medidas de combate à Covid-19 implementadas por 180 países, tem informações incorretas sobre a Suécia no que diz respeito ao uso de máscaras.
De acordo com o CovidTracker, na Suécia, a partir do dia 17 de fevereiro, o uso de máscaras passou a ser obrigatório em alguns locais públicos – informação que se mantém válida até ao último dia com dados reportados (28 de abril).
No entanto, segundo o documento oficial da Agência de Saúde Pública sueca revisto a 14 de dezembro de 2020 e válido até 30 de junho de 2021 – existe apenas a seguinte indicação:
“Pessoas nascidas até 2004 – nos dias úteis da semana entre as 7:00-9:00 e as 16:00-18:00 – devem usar uma máscara facial quando viajam em transportes públicos sem reserva de lugar.”
Numa entrevista à France 24, Anders Tegnell, o epidemiologista responsável pela estratégia da luta contra a covid-19 na Suécia, justificou:
“Não defendo proibições ou obrigatoriedades em saúde pública. Temos que dar responsabilidade às pessoas. Distanciamento, teletrabalho se possível e ficar em casa se estiver doente são as três medidas em que assenta a nossa estratégia e são mais eficazes do que a máscara, sobre a qual não existe qualquer evidência científica.“
“O resultado que se pode produzir através das máscaras é surpreendentemente fraco, embora tantas pessoas no mundo as usem“, disse o epidemiologista-chefe também ao jornal alemão Bild.
Os dados do Oxford Government Response Tracker são utilizados como base para várias bases de dados a nível mundial. como por exemplo o Our World in Data. Os dados são também utilizados para criar um Índice de Risco de Abertura que visa ajudar os países a compreender se é seguro “abrir” ou se devem “fechar” os países durante a luta contra a pandemia.
O The Blind Spot contactou o Oxford COVID-19 Government Response Tracker para perceber o porquê desta referência, mas não obteve qualquer resposta.