O novo ministro da saúde britânico, Sajid Javid afirma que “temos de ser honestos com as pessoas sobre o facto de não podermos eliminar a Covid”.
Admite que “os casos vão aumentar significativamente”, mas têm de “ter uma visão ampla e equilibrada” e “aprender a aceitar a existência da Covid e encontrar formas de lidar com isso – tal como já fazemos com a gripe”.
Javid, identificou dois desafios imediatos. Em primeiro lugar, restaurar liberdades e aprender a conviver com a covid-19. Em segundo, enfrentar as dificuldades do NHS (Serviços de Saúde do Reino Unido) que, segundo o próprio, “vai piorar muito, antes de melhorar” devido à enorme pressão que irá sentir.
Consequências das medidas
Segundo o ministro, as medidas de combate à pandemia levaram à acumulação de atrasos, nomeadamente em consultas e tratamentos. Estima igualmente que cerca de sete milhões de pessoas a menos se apresentaram para receber cuidados de saúde.
Em claro contraste com o discurso do seu antecessor, o novo responsável enfatiza as consequências negativas de algumas medidas:
“As regras que tivemos que colocar em prática causaram um aumento chocante da violência doméstica e um impacto terrível na saúde mental de tantas pessoas.”
Vacinação
O ministro salienta, além dos “sacrifícios do povo britânico”, a importância do programa de vacinação nacional.
“Os dados mais recentes do Office for National Statistics mostram que oito em cada dez adultos do Reino Unido têm os anticorpos Covid-19 que ajudam o corpo a combater a doença.”
Levantamento das restrições
Outro ministro, Robert Jenrick, tem adiantado o levantamento de “todas as restantes restrições” até 19 de julho. Entre as medidas que deverão ser eliminadas está o uso obrigatório de máscara em espaços interiores.