As crianças e adolescentes apresentam menores probabilidades de infeção em ambientes educativos do que na comunidade ou em casa.
Nesta revisão sistemática com meta análise, foi avaliado o risco de transmissão do SARS-CoV-2 em crianças, por grupos etários, em comparação com adultos. Também foi feita distinção entre contextos comunitários e educacionais.
Em geral, as crianças (menores de 10 anos) mostraram menor suscetibilidade de infeção do que os adultos. Os adolescentes apresentaram um risco comparável.
Infeção e transmissão entre crianças e adolescentes em ambientes educativos em comparação com professores e funcionários
Os resultados indicaram uma probabilidade significativamente menor de infeção entre as crianças que frequentam creches/pré-escolar.
Nas escolas primárias as diferenças com os adultos não são muito significativas.
Os estudantes do ensino secundário apresentaram riscos comparáveis de infeção com os adultos.
Risco de contrair infeção SARS-CoV-2 nas escolas e na comunidade
As crianças e adolescentes apresentaram menores probabilidades de infeção em ambientes educativos em comparação com os agrupamentos comunitários e domésticos.
Limitações da revisão
Esta revisão tem vários pontos positivos em relação às anteriores, tais como ter informação mais atualizada e fazer uma análise por subgrupos (tipos de teste considerados, estado das escolas- abertas ou fechadas- ou grupos etários).
A maior limitação é a grande heterogeneidade entre os estudos incluídos. Os autores salientam também que a evidência está a evoluir rapidamente e, por isso, deve existir alguma cautela na transposição das conclusões para a situação atual.
Em linhas gerais, esta revisão confirma a maioria das evidências existentes há cerca de um ano atrás.