O organismo consultivo para a vacinação do Reino Unido (JCVI) decidiu que não há provas suficientes para recomendar a vacinação de crianças saudáveis.
Segundo o JCVI as crianças têm um risco tão baixo que a vacinação ofereceria apenas “ganhos marginais”.
O Prof. Wei Shen Lim, presidente da Imunização Covid do organismo, afirma:
“A margem de benefício é considerada demasiado pequena para apoiar a vacinação universal Covid-19 para esta faixa etária neste momento.”
Efeitos a longo prazo das vacinas
Outro dos pontos referido no documento é que “à medida que os dados a longo prazo sobre potenciais reações adversas se acumulam, uma maior certeza pode permitir uma reconsideração dos benefícios e prejuízos”.
No entanto, é salientado que “estes dados podem não estar disponíveis durante vários meses.”
Vacinação de adolescentes com doenças prévias
Por outro lado, os adolescentes com comorbidades devem ser elegíveis para a vacinação.
Na recomendação anterior, jovens com condições como o síndrome de Down, com sistemas imunitários fracos ou com problemas crónicos (de coração, pulmão ou fígado) foram considerados ilegíveis para vacinação.
Agora foram adicionadas a essa lista doenças como:
- Cancros do sangue
- Doença da célula falciforme
- Diabetes tipo 1
- Doença cardíaca congénita
Recomendações não seguidas ou alteradas
Tal como aconteceu noutros países, a possibilidade deste parecer não ser seguido no Reino Unido é, no entanto, bastante real.
Por exemplo, na Alemanha o parecer inicial foi alterado devido à consideração de dados fornecidos pelo CDC e pela suposta maior perigosidade da variante Delta, sugerida por modelação matemática.
Em Portugal, recomendação semelhante feita por um alargado grupo de pediatras (e farmacêuticos) não foi seguida pelas autoridades de saúde.