O Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos admitiu, recentemente, que financiou pesquisas perigosas de “ganho de função”, isto é, investigações com o objetivo de desenvolver uma mutação do vírus capaz de infetar seres humanos.
O NIH dos Estados Unidos reconheceu, através de uma carta enviada aos membros da Comissão de Energia e Comércio do país que financiou as pesquisas de “ganho de função”, que tinham como principal objetivo desenvolver um novo coronavírus capaz de infetar humanos.
A confissão coloca em causa o discurso de Anthony Fauci, responsável pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas (NIAID), por este ter negado que o seu Instituto financiou pesquisas perigosas de “ganho de função”.
Carta da NIH
Na carta enviada aos membros da Comissão, é possível identificar dois conclusões importantes destacadas pela entidade de saúde – NIH.
- A EcoHealth Alliance, uma organização sem fins lucrativos, reforçou efetivamente o estudo de coronavírus em morcegos para se tornar potencialmente mais infecioso para os seres humanos, obtendo um “resultado inesperado”;
- A mesma organização violou os termos estipulados no acordo, não informando a entidade de que a investigação iria aumentar em dez vezes a carga viral.
Documentos divulgados
O jornal The Intercept, já tinha apresentado mais de 900 páginas de documentos, que evidenciam o trabalho da EcoHealth Alliance, que usou dinheiro do Estado americano para financiar a investigação do coronavírus em morcegos no Instituto de Virologia de Wuhan.
Entre estes documentos estão duas propostas de financiamento realizadas pelo NIAID, dirigido por Anthony Fauci e que pertence ao NIH.
A bolsa de financiamento forneceu à EcoHealth Alliance mais de 2,5 milhões de euros, em que cerca de 500 mil euros foram usados pelo laboratório chinês, em parte, para identificar e alterar o coronavírus em morcegos, tornando possível a infeção de humanos.