O The Blind Spot recebeu, na semana passada, uma denúncia de possível reação adversa grave à vacina contra a Covid-19, num adolescente que se encontra atualmente internado no Hospital da sua localidade a recuperar. A denúncia chegou até nós depois do responsável legal não ter conseguido confirmar que o Hospital notificou o Infarmed.
O caso reportado é de um adolescente (na faixa etária dos 12-17 anos) que “teve dores nos joelhos desde o dia da vacinação, tempos depois teve um desmaio e um ataque cardiorrespiratório (que durou cerca de 17 minutos), miocardite e taquicardia”.
As indicações que nos foram dadas é que a criança ficou com “sequelas graves a nível cerebral (cognitivo e motor)”.
Ao que tudo indica o adolescente foi vacinado em agosto de 2021 e tempos depois teve esta possível reação adversa à vacina.
A informação foi confirmada com o Infarmed, através do número de submissão da notificação realizada pelo responsável legal da criança no portal da entidade: “confirmamos que recebemos a notificação do caso referido e que o mesmo se encontra em análise”.
Fomos também informados que o responsável legal fez diretamente a notificação porque no Hospital não recebeu qualquer confirmação de que a situação foi reportada ao Infarmed.
Relatório da segurança das vacinas
No Relatório de Farmacovigilância – Monitorização da segurança das vacinas contra a COVID-19 em Portugal (dados recebidos até 31/12/2021), sendo que segundo o Infarmed “a próxima atualização destes dados será realizada com dados do final do mês de janeiro”, é possível aferir:
“Para a faixa etária dos 12-17 anos, os 97 casos notificados como graves referem-se na sua maioria a situações já descritas na informação das vacinas, tais como casos de síncope ou pré-síncope, e reações de tipo alérgico, que dependem do perfil individual do vacinado. São casos que motivaram observação e/ou tratamento clínico, mas todos tiveram evolução positiva e sem sequelas.
13 destes casos foram notificados como mio/pericardite, possivelmente associados à vacina de mRNA em utilização no programa de vacinação atual”.
Relembramos que, recentemente, um grupo de 27 médicos pediu a suspensão da vacinação de crianças saudáveis “até que se comprove a sua necessidade, benefício e segurança”, através de uma carta aberta dirigida à Direção-Geral da Saúde.
*Nota informativa: por questões de privacidade não revelamos a identidade do adolescente, nem o nome do Hospital.