Secretário de Educação britânico revelou ao Express que a interrupção do ensino escolar para os jovens foi um erro e garante que vai fazer o que conseguir para assegurar que a educação seja uma prioridade para o governo de Inglaterra.
Em declarações ao jornal Express, Nadhim Zahawi, secretário de Educação britânico, falou sobre o fecho de escolas durante a pandemia e disse que os alunos precisavam desesperadamente de estar e ficar na escola.
“Acho que não é preciso um inquérito para nos dizer que foi um erro as aulas em casa”, começou por dizer o secretário de Educação britânico.
“Os danos causados aos jovens, especialmente em termos do seu bem-estar e da educação [têm sido significativos].”
“Manter as crianças na escola e focadas na educação tem que ser sempre uma prioridade e daqui para a frente vai ser prioridade absoluta da minha parte e do primeiro-ministro”.
A 23 de março de 2020, as escolas fecharam para todos, exceto para os filhos de trabalhadores-essenciais e aqueles considerados mais vulneráveis. Investigadores do Instituto de Estudos Fiscais disseram que foi um “golpe monumental para os alunos”, segundo adianta o Express.
Pai de três filhos, Zahawi, disse:
“Vou lutar para garantir que permanecemos sempre com as escolas abertas à medida que aprendemos a viver com a Covid-19. O dano nestes jovens, especialmente no que diz respeito ao seu bem-estar e educação tem sido significativo.”
O secretário destacou ainda a Comissária Rachel de Souza relativamente a uma pesquisa que realizou e que contou com a participação de mais de 500.000 jovens.
“A grande maioria dos 500.000 jovens responderam que queriam voltar à escola e que a saúde mental era o maior problema do confinamento”, revelou Zahawi.
Os exames nacionais em Inglaterra vão acontecer pela primeira vez no país desde o surto de Covid, mas os especialistas estão convencidos que esta interrupção no ensino durante a pandemia teve um impacto significativo nos alunos.
Segundo a Comissária de Crianças, quase 1.8 milhões de alunos perderam pelo menos 10% do tempo de escola no semestre de outono em Inglaterra e alguns nunca mais regressaram. O número de pessoas que faltaram a metade do tempo de aulas – 122.000 – é quase o dobro do número pré-pandemia.