O Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC) divulgou na quinta-feira um documento que foi concebido para futuros Directores Médicos Nacionais e profissionais de saúde pública que lidam com pandemias emergentes, segundo o relatório, onde se discute os cuidados de saúde à distância e o excesso de mortalidade no Reino Unido por cancro.
Um documento produzido pelo Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC) reconheceu que, resultou numa variedade de problemas sociais, incluindo questões de saúde mental, violência doméstica, e questões de direitos individuais. Isto, apesar de defender que a estratégia seguida foi “muito eficaz” na redução da transmissão do covid na onda inicial, .
Reconhecerem ainda que :
“Haverá também outros efeitos [de lockdowns] que não foram quantificados ou ainda não se materializaram completamente”.
Acrescentaram que os encerramentos de escolas “tinham o potencial de ter repercussões duradouras na educação, desenvolvimento e oportunidades de vida das crianças” e que avaliar os riscos do encerramento de escolas era “especialmente desafiante e controverso”.
O aumento de 81% nas referências aos serviços de saúde mental infantil e adolescente de Abril a Setembro de 2021, em comparação com o mesmo período em 2019, foi dado como exemplo de um desses impactos.
Limitações das medidas das medidas e consequências na mortalidade
A investigação observou que havia “limitações” à quantidade de visitas pessoais dos médicos de clínica geral que podiam ser substituídas por consultas por telefone e vídeo, mas também observou que “em muitas circunstâncias, o equilíbrio dos riscos e benefícios ainda favorece os cuidados à distância”.
Uma das medidas defendidas foi a de “passar para consultas à distância, desencorajando apresentações desnecessárias de ambientes de saúde (…)””.
Salientam, no entanto, o perigo que existe nessa estratégia:
“Contudo, isto deve ser equilibrado com o risco de que os comportamentos de procura de saúde sejam ajustados a tal ponto que haja uma necessidade não satisfeita significativa, com o consequente impacto na mortalidade e morbilidade”.
Atrasos na apresentação de doentes para pedir ajuda, uma redução da medicação preventiva – como as estatinas – e o cancelamento de cirurgias e rastreios “terão levado a doenças não relacionadas com o covid mais tardias e mais graves”, concluem os autores.
“O efeito combinado disto conduzirá provavelmente a um período prolongado de mortalidade e morbilidade excedentárias não COVID, após o pior período da pandemia ter terminado”, afirmam os autores.
Quase 900 mortes por cancro a mais do que o esperado desde SetembroComo noticiado pelo The Blindspot, dados recentes do Gabinete para a Melhoria da Saúde e Disparidades (OHID) mostram que desde o início de Setembro houve quase 900 mortes por cancro a mais do que seria de esperar nesta altura do ano.
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